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Channel: Não tem pão
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Férias interrompidas - 3ª parte

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 Por fim, deixou a mulher ir embora. Sem nenhuma evidência digna, voltou para seu apartamento. Frustrado, sentou na poltrona, fechou os olhos na tentativa de visualizar o crime. “Por quê? Quem faria isso? A troco de quê?”. Esperou que uma resposta lhe viesse à mente como os fantasmas do natal passado, sem pedir. Viriam para atormentar-lhe por ser um detetive medíocre? Não. As coisas não são assim. Contudo, se esse caso ficasse sem resolução, seria um duplo problema: 1. sua reputação ficaria arruinada; 2. seria um castigo? “Ah! Não consigo raciocinar de barriga vazia...”. Saiu. Não esperava voltar com respostas, já que provas não tinha, mas quem sabe, traçar os acontecimentos...
...
Alex perambulava pelas ruas do centro, como sempre: as mãos nos bolsos, impecável na sua forma de vestir.
- O que foi, Alex? Parece preocupado... – disse Mancha se aproximado. Alex era o ídolo dos pequenos delinqüentes. Não importava como, ele sempre se safava.
- Não tenho por que me preocupar... Minha face é essa, se acostume com ela... – disse sem desviar o olhar. Seus objetivos estavam traçados para aquele dia. Mais uma vez: era algo que só ele poderia fazer. Não era como um justiceiro, não, aos olhos da justiça era um infrator. Um criminoso. 

- Smith! – disse o chefe entrando no gabinete.
- Sim, chefe? – era preciso algum respeito, apesar de achá-lo um burguês corrupto.
- Ocorreu mais um crime! – disse prepotente. “Esse detetive só tem fama... talento que é bom...”, seus pensamentos podiam ser lidos.


A noticia se espalhou pela cidade. Olhares preocupados e cochichos nas esquinas. Smith era conhecido por seus crimes resolvidos. A vitima era um mercador. “Ah, aquela mulher tinha algo de suspeito...”. Pensou em investigar às escuras. O relógio do centro bateu ás dezenove horas. “Ah, sim os crimes aconteceram no centro. Todos mercadores ricos. O que seria isso senão uma conspiração? Um criminoso tentando fazer justiça com as próprias mãos?”. As respostas não vinham... Os fantasmas tardavam mostrar onde errara. O chefe determinou um tempo limite. “Antes que os crimes se espalhem”. Ele tomaria o controle da situação como O Grande Detetive Smith. Seu ego se ergueu além de suas capacidades. Sua confiança retornou ao nível dez! Zeraria o jogo!
 Não consegui ficar duas semanas longe do blog...E, pra aproveitar, estou postando a parte 3 do conto. Para ler as outras partes, clique no marcador dessa história. Agora com minhas ilustrações..haha!

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