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[New Earth] Episódio 3

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New Earth fala de dois garotos que decidem escrever uma história de ficção científica. Bruno, quem teve a ideia, arrasta Felipe (colega de classe) para compor um conto onde a Terra é um planeta distante e quase inabitado. Por causa da poluição, os seres humanos são obrigados a viverem em outro mundo. E essa sub-história é narrada por um fuzileiro. Para acompanhar os episódios anteriores, clique no marcador dessa postagem.

Um desafio para aqueles que se aventuram pelos mares da ficção cientifica se chama criatividade. É que nem sempre ela funciona como se espera. Às vezes, as nossas ideias se confundem com outras, formando um emaranhado. Nós cegos que precisam ser desatados.
...
Por mais que Bruno tentasse, as ideias não surgiam. A crise de criatividade viera como a gripe suína, precisava ser tratada imediatamente.
...
- Cara, preciso da sua ajuda. É urgente – falou ao telefone.
- Chama o Samu, a polícia, os bombeiros – disse Felipe do outro da linha.
- Sério! Não consigo continuar com a história.
- Que história? – disse pouco interessado.
- Aquela das duas Terras.
- AHH!
- É um entrave, sei lá...
- Chama o serviço de urgência que você deve ter batido a cabeça e as sequelas devem estar aparecendo só agora.
- Já falei que isso é sério.
- Que drama. Tudo é sério para você.
- Ahhh...esquece, Bruno. Pensei que você me ajudaria...mas, vejo que não.
- Se é assim, o que posso fazer por você? Aproveita que estou no meu horário de expediente... Não sendo dinheiro...
- Você precisa continuar a história.
Felipe engasgou.
- Sem você?
- É. Não outro jeito.
- Sabe que tirei nota baixa em Português, não é?
- Estou ciente.
- Então deve supor que essa ideia de eu escrever uma história está além do que posso fazer.
- Está enganado. Aqueles “toques” que me deu, tornaram a história mais interessante. E Felipe...
- Fala.
- Confio em você.
Felipe sabia que o “confio em você” era o golpe mais baixo que Bruno aplicava,justo por uma razão: apelava para o lado emocional. Sabia também, que depois que essas palavras eram pronunciadas, ele tinha o “não, posso fazer isso” à seco.
- Tá bom! Seja o que Alá quiser! – falou, vencido.
- Um capítulo. Só tem de escrever um capítulo.

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