A despeito de todos dizerem que exercícios fazem bem para a saúde,não tive uma relação amistosa com a matéria Educação Física. Ambos nos suportávamos no ginásio. Corre pra lá, alonga daqui, tenta alcançar os pés. Aliás, alguém aí já tentou alcançar os próprios pés apenas abaixando os braços? Se conseguiu, saiba que o admiro. De verdade, te admiro. Foi um baita feito. Eu mal chegava aos meus joelhos, e se forçasse até os pés, minha coluna doía. Ah, agora me lembrei do tal de polichinelo. Que tipo de castigo era aquele? Dava uma canseira danada. Saia arfando, praguejando baixinho.
No colegial, tínhamos um tempo entre as aulas só para os exercícios físicos da disciplina. Outra canseira. Só que dessa vez, praticávamos vôlei de vez em quando. Eu não tinha qualquer coordenação motora. (Isso não mudou muito, hoje...). Tentava aparar a bola, ela caía fora da área. Ponto do time adversário. Por sorte, os outros eram tão ruins quanto eu pensava ser. Levávamos na esportiva, nada sério. Nessa época, o meu relacionamento com a dita cuja era assim: a suportava para poder passar de ano. Até porque, a matéria não requeria muito, apenas a presença nas aulas se fazia suficiente. Quando muito, havia um ou outro trabalho escrito sobre primeiro-socorros, os tipos de fraturas, ou coisas semelhantes.
O mais interessante é que, um ano depois, alteraram o sistema de exercícios. Muito espertos, notaram que os alunos voltavam suados e cansados para mais um tempo de aula. Transferiram a Educação Física para outro turno.
