
Animê indicado pelo Nerd-Ogro.
O interessante é que já foi dito tanto sobre Sakamichi no Apollon que parece ter sobrado pouco pra eu falar. Frisaram que Kaoru e Sentarou são metáforas do Japão e da "influência" da América nesse continente. Falaram sobre o aspecto técnico. Do Jazz com o Rock em ascensão. Mencionaram o fato do animê ter falhado ao mostrar as mulheres mais "delicadas" do que no mangá. E... o que restou pra mim? Embora Sentarou seja o personagem mais carismático do animê, foi em Kaoru que vi algum potencial. E é nele que me focarei.
- A quebra do tédio e da exclusão
Kaoru, cujo pai o deixou aos encargos de uma tia, muda de escola. Situações de desconforto e hostilidade lhe deixam enjoado. Mas há só um lugar onde ele se pode ir pra fugir do mal estar: o telhado do colégio. Lá, ele encontra Sentarou. Daí pra frente, Sentarou e Riko (melhor amiga deste último, e primeiro amor de Kaoru) passam a ser o seu porto seguro. O Jazz passa a ser o elo que os unirá.
No primeiro episódio, o nosso protagonista (será que posso chamá-lo assim?) resmunga baixinho, odiando o percurso que fará todos os dias - assim como as pessoas da escola. Até ver a Riko, que logo se apresenta e mostra a instituição para o novato. Ele se apaixona. Sentarou acaba entrando numa briga para ajudá-lo e, aos poucos, o círculo de exclusão no qual viveu é quebrado. Kaoru não se sente mais enjoado quando todos o encaram. Mesmo na questão da música. O piano do Jazz parece ser mais maleável e alegre do que os clássicos que ele tocava.
Não há nada de excepcional no personagem. Ele é só mais um clássico exemplo do garoto que sofre bullying, mas que, eventualmente, se encaixa. O que se destaca é o plano de execução. A forma com a qual música, amizade e amor são casadas na animação é linda.
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Esse post faz parte da Corrente de Reviews, idealizada pelo Diogo (do Anikenkai). O próximo animê a ser resenhado é a adaptação de Level E. Espero que o Kyokusen tenha curtido.