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Animês que tenho assistido (filmes) - Parte 2

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Outra leva de animês devidamente assistido e anotados. Vocês tem alguma dica para mim? Eu topo qualquer desafio!

Whisper of the Heart (ou,como ficou conhecido por aqui,Sussurros do Coração) é um filme do Studio Ghibli. Quem me conhece sabe que sou fã assumida desse estúdio de animação. Ok, e aqui irei falar de um filme que eu já estava há um certo tempo procurando. Isso porque, infelizmente, nenhuma distribuidora de filmes brasileira se atreveu a comprar os direitos...(o que ainda me causa revolta).  Mas, não vou entrar nesse assunto.


Ao contrário de parte dos filmes do estúdio, neste não há elementos mágicos. A história chega a ser singela. Infelizmente, eu não posso entregar toda a história porque não seria certo. E além disso, só achei sinopses simplistas, que colocam a protagonista como absorta e relapsa. Não é nada disso, Tsukishima Shizuku, uma estudante do ensino fundamental, é como todos nós, quando adolescentes.  

Tsukishima é uma ávida leitora, e todos os dias vai à biblioteca. Logo no começo da narrativa, ela percebe um nome no cartão da biblioteca. Aquelas fichas antigas que os livros tinham no final, contendo o nome de quem emprestou por último. Ela encontra o nome de um garoto em alguns dos livros. Ela fica curiosa. "Como será que ele é? Será que ele é legal?".

E eu só posso entregar o enredo até esse ponto. Mas, se quiser conferir, clique aqui.  Só lhes digo que Whisper of the Heart não é um animê escolar como os que você está acostumado a ver por aí.

Meus Vizinhos, os Yamadas é um ótimo filme. São pequenas crônicas da família Yamada contados de uma forma cômica. Dirigido por Isao Takahata, o filme é diferente dos  produzidos pelo estudio. Por quê? Bem, a razão está na própria aparência:

Na verdade, eu só sublinho o que já disseram em outros sites, o filme é simples. Acho que é por isso mesmo que ele caiu no meu gosto . Vejamos, ele mostra fragmentos do cotidiano de uma família japonesa (mas, poderia ser a minha e a sua) com todos os seus defeitos (a minha parte preferida é quando a vovó fala com um cara de uma gangue de motoqueiros. O que será que eles quiseram passar ali,heim?).


Paprika foi mais uma daquelas animações bem feitas que a gente dá sorte de encontrar por aí. No final das contas, não pude resistir, já que tantas pessoas falavam bem dele, tive que assistir. Mas, vim me interessar depois de ver o trailler com as imagens de sonhos.
Testifique por si mesmo, e julgue se o animê é bom.

[Eu Lírico] Episódio 10: Febre

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  Eu Lírico  conta a história de Fabrício, que tenta se declarar escrevendo poemas. O problema é que ele é tímido. Escrever e entregar um poema foi a sua saída. A declaração perfeita... Não fosse Fabrício não ter talento algo para a coisa. Ele acaba dando trabalho para dois personagens: Eu Lírico e Inspiração. Se quiser ler os episódios anteriores, clique no marcador dessa postagem.

Um mar de águas turbulentas e um vento selvagem balançavam a embarcação.

- “Acorde! - pediu para seu eu adormecido. Nem o fato de se tratar de um sonho o fez menos desesperador. Parecia tão real. Na hora em que cairia n’água tomou um susto, o qual fez seu corpo acordar num espasmo. Fabrício despertou no meio da noite suando. 
- O que foi dessa vez, Inspiração? – disse Eu Lírico deitado no gramado do jardim. Com as mãos apoiando a cabeça, tomava um cochilo.
- Fabrício está de cama.
- Doente?
 - Eles vão acabar se distanciando... Até não sobrar nenhum sentimento...

- Não seja tão alarmenta. Eles não vão se distanciar. E o tal sentimento de que fala, desapareceria SE fosse pouco. Como sei que não é...
- No que está pensando?
- Nada muito produtivo...
- Olhe! Nuvens carregadas.
- Você se preocupa à toa... – disse de olhos fechados. Percebera as nuvens antes mesmo dos gritos de Inspiração. 
- Ele está delirando – falou com as mãos no peito, como se as mesmas contivessem sua preocupação.
- Que choramingo é esse, Inspiração? Se eu não te conhecesse diria que se apegou ao menino...
- Humanos deliram quando tem febre alta.
Em um gesto incomum, ele sorri:
- Não se preocupe, eu tenho um plano. A virose vai passar em um instante, desaparecerá feito mágica! – estalou os dedos.  Uma ideia brotava nas entranhas do seu cérebro imaginário.
- Mãe, quem é? – diz Fabrício na cama.
- É a Marisa. Quis saber por que faltou a aula hoje. Peço para ela subir?
Fabrício ficou azul. Detestava o fato de estar doente. Mas, ela se preocupara! Notara sua ausência! Mil fogos acenderam de uma vez. As engrenagens voltaram a funcionar. Ponderou se queria mesmo que ela o visse assim, doente. Coisa chata... Não gostava daquilo de jeito nenhum, preocupação alheia... Não precisavam se preocupar. “Deixe que durmo algumas horas e já estou melhor”, disse à mãe pela manhã.
- Oi, Fabrício – disse Marisa sentando na ponta da cama.  – Como se sente?
- Cansado e com frio.
Ela passou a mão no pescoço dele para checar a febre.
- Você está muito quente – pegou o termômetro em cima da cabeceira – Se estiver muito alta tem de tomar um banho para baixar a febre. Se tomar uma pílula agora a febre vai subir e eu nem quero pensar...
- E o que?
- Pode ter convulsões. Porque antes de baixar, o analgésico aumenta a febre...
- Como sabe disso?
- Quando se tem dois irmãos pequenos, você tem que dar conta dessas informações.
[...]                                                          
- Ah! – disse Inspiração de braços cruzados – Então era esse o seu plano!
Eu Lírico sorriu levemente movendo o canto da boca.
- Não foi meu plano porque não fui eu quem o deixou de cama... Mas, de alguma forma, aquele encontro no supermercado ainda está fazendo efeito...
 
Nota da autora:  Faz um século que escrevi essa fic (um século que digo, 2009). E vocês não devem levar em consideração os dados das falas da Marisa. Agora tentando lembrar se foi a minha irmã (enfermeira) que disse isso...Ou se eu só ouvi. De qualquer forma, não confiem! Ah,sim! O título do capítulo foi tirado do nome de uma música: Fever. Era para dar mais ou menos aquela ideia da paixão como uma febre...    

[Eu Lírico] Episódio 11: A prova inadiável

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  Eu Lírico  conta a história de Fabrício, que tenta se declarar escrevendo poemas. O problema é que ele é tímido. Escrever e entregar um poema foi a sua saída. A declaração perfeita... Não fosse Fabrício não ter talento algo para a coisa. Ele acaba dando trabalho para dois personagens: Eu Lírico e Inspiração. Se quiser ler os episódios anteriores, clique no marcador dessa postagem.
 
Vitória das circunstâncias: a febre de Fabrício piorou. Ficou de cama por uma semana. Marisa o visitava depois das aulas. Se dependesse da alegria sentida a cada visita já estaria bem. A mãe não sabia mais o que fazer. Disseram que era uma virose. O médico receitou remédios que ela o fazia tomar a cada turno do dia.
- O que faremos, Eu Lírico? – diz Inspiração mais preocupada do que antes.
- Nós? Nada. O que podemos fazer se estamos limitados a essa barreira imaginária?
- O mundo invisível da mente do Fabrício.... Mas, ainda assim, é injusto!
- Vamos torcer para que ele fique bem antes da época das provas.
- É semana que vem...
Segunda-feira e Fabrício já está de pé? Está se arrumando para ir ao colégio. O que pretende? Assistir aulas mesmo com febre?
- Fabrício, o que é isso? – diz a mãe surpresa ao vê-lo descer usando a farda do colégio e com os cadernos embaixo do braço.
- Já estou melhor, mãe. Posso ir ao colégio. – sem dar atenção à mãe, saiu pela porta da frente mais rápido do que uma bala.  Cansou ao virar a esquina. Ainda não estava cem por cento. Mas, ao menos a febre passara. Foram muitos medicamentos seguidos.
[...]
- O que planeja, Fabrício? – diz Inspiração ao vê-lo andando com dificuldade.
- Ir à escola mesmo não estando bem é irresponsável... – disse Eu Lírico meneando a cabeça em desaprovação.
[...]
- Bom dia, Fabrício! – fala Marisa – Se sente melhor?
- Bom dia... – diz se ajeitando para parecer saudável – Estou bem.
- Não está com febre – ela passa a mão no pescoço dele para conferir.
Ele fez a prova nesse dia. 

[Eu Lírico] Episódio 12: Confetes?

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  Eu Lírico  conta a história de Fabrício, que tenta se declarar escrevendo poemas. O problema é que ele é tímido. Escrever e entregar um poema foi a sua saída. A declaração perfeita... Não fosse Fabrício não ter talento algo para a coisa. Ele acaba dando trabalho para dois personagens: Eu Lírico e Inspiração. Se quiser ler os episódios anteriores, clique no marcador dessa postagem.
 
Estranho... Em situações inconvencionais algumas pessoas acabam se apaixonando. Pode acontecer de amigos, até colegas, se apaixonarem. Não há um antídoto. Uma regra a seguir dizendo “Como não se apaixonar”.  É tudo muito casual, quase nem percebemos. E quando percebemos é tarde demais para voltar. Em casos especiais, há formas de retroceder (quando se trata de uma paixãozinha qualquer).
Fabrício não poderia retroceder. Havia ido longe demais para voltar como um covarde. Tentaria, sim.  Já fazia mais de um mês desde que a pedira em namoro, e nada. Nenhum sinal. A espera o enlouquecia. Por dentro, uma tormenta. Por fora, sorriso nervoso.  A pergunta escorria dos lábios. “Deveria falar?”, era o que se perguntava de olhos baixos. Marisa, à sua frente, séria. Nenhum sorriso desde que se encontraram naquele domingo no parque. Os olhos fixos nele. Queria ouvir. Fabrício fitou o rosto da menina. Ela rubrou. Em seguida, procurou uma pedrinha para fixar o olhar.... Não! Deveria falar! “Seja homem e diga de uma vez!”, diria seu pai – homem de poucos modos, rude, de barba portuguesa.
- Marisa... – respirou fundo - Você já tem a resposta? – sentiu deixar as palavras erradas escapulirem quando viu a menina atônita. – É que... essa espera é...angustiante ter que ver a pessoa de quem a gente gosta todos os dias, e tentar decifrar cada gesto pensando “será que ela gosta de mim?” – fez uma pausa para respirar, a fala saiu apressada – Sabe, Marisa...amo você, mas se a resposta for...uma recusa ao meu pedido, eu entenderei. Quer dizer, será duro para mim... Então – continuou depois de outro suspiro profundo – Se está com medo de me magoar, não se preocupe, eu aguento, pode falar.
- Lembra da semana em que ficou doente?
Fabrício, prestando atenção em cada entonação e gesto, acenou que sim. Marisa engoliu em seco. A voz não queria sair. Sua garganta parecia obstruída
– Aconteceu algo naquela semana.... - ela prosseguiu.
Mil coisas se passaram na cabeça de Fabrício. Varias imagens passaram em flashes rápidos, até pararem na cena em que Marisa andava de mãos dadas com um garoto que não era ele.
- Eu me apaixonei – disse de um jeito estranho: com os olhos na calçada, procurando uma pedra para fitar. – Deveria ter contado antes... Aconteceu algo inesperado... porque...porque...
Fabrício, com os ouvidos a postos para ouvir qualquer sussurro.
- Porque eu não parei de pensar em você.
Que soltassem fogos! Confetes! Era ele o sortudo por quem ela se apaixonara. Os sorrisos tímidos se encontraram. A mão dele se juntou a dela e se fizeram namorados.
 

[Eu Lírico] Episódio 13: Fim de uma história e começo de outra

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  Eu Lírico  conta a história de Fabrício, que tenta se declarar escrevendo poemas. O problema é que ele é tímido. Escrever e entregar um poema foi a sua saída. A declaração perfeita... Não fosse Fabrício não ter talento algo para a coisa. Ele acaba dando trabalho para dois personagens: Eu Lírico e Inspiração. Se quiser ler os episódios anteriores, clique no marcador dessa postagem.
- É, parece que nosso trabalho findou! – disse Inspiração satisfeita.
 - Não findou – replicou Eu Lírico – Terminamos a história do papel. Mas, esta aqui – indicou com a cabeça o casal – Está só começando.
- Quer dizer que o nosso “auxílio Fabrício” não acabou?
- Exato – fitou o rosto cansado de Inspiração – Agora ele nos solicitará sempre que quiser surpreender sua namorada com um poema.
- É a nossa sina?
- O garoto não é mau.
- Deu para se comover agora, Eu Lírico? - olhou assustada.
- Talvez... – cruzou os braços curtindo o casal por mais um tempo.

Fim

Ao menino poeta[1]

Oficio, oficio, gozoso oficio.
Trabalha, trabalha, não perde seu vicio.
De dia, de noite, pestana queimando.
O pobre menino a mente esforçando.

Papéis de caderno jogados na mesa.
A ideia absurda que não sai da cabeça.
Palavras, palavras, das mãos escorrendo.
Caneta a postos dos olhos atentos.

As horas passando.
A noite morrendo.
A luz se formando.
O menino escrevendo.

Oficio, oficio, gozoso oficio.
Trabalha, trabalha, não perde seu vicio.
De dia, de noite, pestana queimando
O pobre menino a mente esforçando.

24/Março/2009

Considerações da autora[2]


Contei que estava escrevendo uma história sobre um garoto que queria conquistar uma menina compondo poemas. A pessoa a qual contei, disse que minha história era irreal porque não leva em consideração que “meninos não escrevem poemas”. Observação: a pessoa que falou isso era um garoto.
Mas, vejam por outro lado: não seria bom se fosse um costume os garotos escreverem poemas? Parece-me que escrever poemas virou uma coisa inerentemente feminina (o que não é). Há poesia em toda parte.  E todas as pessoas são capazes de escrever poemas (até uma garota como eu... mesmo um com rimas pobres), sabe por quê?
Porque todo ser humano é dotado de sentimento. E fazer poesia é pôr no papel o que se sente. No poema, as palavras são a expressão do que sentimos.



[1]              Se ler em voz alta e em um ritmo rápido, notará que esse é um poema com pretensão de ser uma canção.

  

A sombra – parte 2

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Abri os olhos e notei que um vulto cobria minha visão. Era manhã. O sol à pino. O calor me acordara. Por quanto tempo aquela pessoa esteve me observando? Por estranho que isso possa parecer, esse alguém estava rindo de mim. Soltou uma risada descontrolada. Passei a mãos no rosto, devia estar com um aspecto medonho para ser zoado daquela maneira. “Vem”, disse o homem de meia idade. Tinha uma barba prateada. Não devia ter mais de setenta anos. 

Depois de um dia cambaleando pela estrada, finalmente, alguém me ofereceu uma guarida. Inacreditável, não? Providencial demais...Suspeitei. Bom, desde que houvesse um lugar para dormir e um pão pra comer...que mal teria nisso? Proseamos por um longo tempo. Até que ele tivesse a coragem de me perguntar. “E a sua família?”. Calei. Virei o copo de vodca e pedi desculpa. Disse que ia me deitar, e que ele me desse licença. Se você achou rude, imagine eu... Mas, o que eu ia dizer... ? Que saí de casa com medo de uma sombra? Iam rir, você sabe que iriam...
Joça de medo. Decidi! Voltarei para a minha cidade. Besteira que fui fazer da minha vida...
CONTINUA


A pedido do ilustrador, Henrique Lima, resolvi fazer uma continuação para o conto “The Shadow”. Dessa vez com o título em português. Mas, tenho que dizer que não sou boa para escrever contos de mistério. Então, não esperem muita coisa.

Catástrofe

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“Só você para fazer algo tão sem noção!”, Anderson encostou-se aos cantos da parede para evitar contato com o desastre no chão. “O que eu faço agora?!”, Fabiano disse com as mãos na cabeça. Andando de uma ponta a outra da sala, começou a pensar numa desculpa. Que deveria ser muito boa para convencer sua mãe. Ou que o livrasse do cinturão do pai... ”Ah, isso é um caos! O que eu faço?”, repetia na esperança de ouvir alguma ideia genuína do amigo. Anderson não sabia o que dizer, e se soubesse falaria asneira.
Talvez a idade... Dizer que foi um acidente, que estavam distraídos correndo... Que Anderson o acertou no olho e por isso começaram a correr pela casa como desesperados, coisa de criança. A mãe entenderia. Nem tudo estava perdido. “A mãe também foi criança um dia... e já fez a burrada uma ou duas vezes... Ah! não foi de propósito, poxa!”. Anderson escapulia pela porta da frente. Se estivesse ali atribuiriam parcela da culpa a ele.
“Anderson, não sai! Você será meu álibi”, Fabiano o parou. “Ele quer que eu apanhe também, pensou o amigo com uma ponta de arrependimento por ter passado só para jogar videogame. “Mas, foi você que fez isso”, justificou a fuga. “Anderson... lembra daquela vez em que te livrei das mãos caludas do Marcelo?”. Ah, não, ele lembrou daquilo... bendito dia em que fiz besteira e ele foi me salvar. Sabia que não devia ter dito ‘ te devo uma’. Devia ter previsto a cobrança, pensou, Bom, agora não tem jeito. Concordou em ajudá-lo. Mais por divida do que por amizade.
A mãe se exasperou quando viu seu jarro preferido aos pedaços. Gritou pelo nome de Fabiano. “Como você fez isso?!”. “Desculpe, mãe, deixei a porta aberta e o cachorro entrou. Correu atrás do gato, a senhora sabe como eles se odeiam...”. A mãe olhou para o menino, bufando.
“Não é, Anderson?”. “É, dona Rosangela. Eu ouvi tudo da sala enquanto estávamos jogando videogame”, disse com o controle ainda na mão.  
  

Matemática difícil

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Uma vez na vida temos aqueles momentos em que nos achamos relativamente burros. Sentia-me assim quando o assunto era Matemática. Nunca me dei com essa matéria. Bem que poderiam ter inventado algo menos complicado, ou que coubesse na nossa cabeça sem fazer uma bagunça com nossas ideias. Que se adaptasse ao nosso raciocínio. Eu até que me esforço para entender, o problema é que sempre que concluo uma questão que penso estar certa, adivinha? Ela está errada! É frustração na certa. Fiquei naquelas turmas especiais de recuperação, sabe? Logo com quem! Professora Julia. Ah, essa mulher era o cão! Fazia-me passar vexame na frente de meus colegas. Ela me chamava para resolver um exercício à frente. Claro, eu tinha que ir senão iria receber um ponto vermelho ao lado do meu nome na pagela (de qualquer jeito iria recebê-lo, já que não conseguia resolver aos exercícios em casa). Imaginem vocês, que eu ficava á frente só enrolando, tentando construir uma equação. Daí, quando a malvada achava que a humilhação tinha sido o bastante me mandava sentar. No ensino médio um colega disse que eu tinha um problema de base. Ou seja, não aprendi direito no ensino fundamental. Quem é a culpada? A professora Julia. Meu desleixo também colaborou, mas 90% da minha dificuldade se dava “graças” a essa docente. Ela resolvia as questões, julgando que éramos muito espertos para entender todo o processo até o resultado, sem nenhuma explicação. Sei que não é uma boa justificativa,mas matemática é difícil.

Free Talk: Revendo textos antigos e pueris...Em breve, voltarei com a continuação do conto "A Sombra". Obrigada àqueles que comentam. Ah, esse conto é verídico. Essa professora existe. E lecionou para a minha turma, dois anos seguidos do Fundamental,só para tornar a minha vida escolar pior do que deveria.

FLCL: Crítica à cultura otaku

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Inaugurando mais uma coluna no blog. Falarei aqui de animês, mangás e relacionados. Ou como diria a Mara, "qualquer outra bizarrice japonesa". Pois bem, eu fiquei pensando no que escrever, já que a blogsfera animística falou de quase tudo, e me veio à mente um animê de onze anos atrás, chamado FLCL.

A história de FLCL (ou como é conhecido, Furi-Kuri) começa com Naota na beira de um rio, em um diálogo com Mamimi Samejima,ex-namorada de seu irmão. Quando, de súbito, ao voltar pra casa, uma mulher numa vespa o atropela (Esteja preparado para cenas de ação e totalmente malucas nesse animê). Naota observa que ganhou um galo na cabeça depois do acidente. O que o menino conclui? A culpada é a mulher-vespa. A alienígena declarada, Haruko (a mulher-vespa) se instala na casa de Naota como "empregada"

Tem até um rôbo fazendo os trabalhos domésticos?
A obra
FLCL foi produzido pela Gainax juntamente com o Production IG. Criada por Kazuya Tsurumaki, a série foi exibida em 2000. E "foi originalmente publicada no formato OVA em seis DVDs no ano de 2000. A história também foi publicada em dois volumes de mangá pelo artista Hajime Ueda, e em um romance de três volumes por Yoji Enokido (que também escreveu o script do anime) [2]" A série teve a contribuição de várias diretores. Dentre eles,Kazuya Tsurumaki (Series Director) Masahiko Otsuka (eps 1, 4, 6) Shouji Saeki (eps 3, 5) Takeshi Ando (ep 2). Presumiremos que, com um time de talentosos profissionais, o animê teria que ser um sucesso. Quer saber a minha opinião? Ele foi muito bem produzido. A trilha sonora é agradável. Todas as músicas tocadas nos episódios são da banda de J-rock, The Pillows. Que, por sinal, lembra muito o rock tradicional britânico. Por que eu falei da trilha sonora? Porque ela completa toda as cenas de ação da série, e por não ser música pop (genérica nos animês). Quanto à animação, deve ser assistida na melhor resolução possível.
As cenas de luta são muito boas.

"Nada extraordinário acontece aqui. Somente coisas comuns"
É a frase que o Naota fala no início do primeiro episódio. Sim, ele é um garoto com aquele ar de gente grande. Que não vê nada de novo acontecer. FLCL, não se trata do "pai dos animês sem sentido",como muitos o tem classificado. Apenas, leiamos o que Marcelo R. Goto disse em 2000, na revista AnimeDo:
Quem visitar o site da Gainax e ler os comentários da equipe responsável por FLCL vai encontrar mais de uma vez expressões como "animação para o novo milênio' e "romper com as tradições da animação".Por aí já dá pra notar que a ambição não era pouca com esta nova série: a Gainax pretendia criar um animê que fosse a cara do século XXI...antes mesmo dele começar[...] Se Evangelion começou com uma história quase típica de ficção científica/rôbos gigantes e terminou desmontando todas as convenções desse gênero,reinventando a narrativa nos animês, FLCL parece seguir o trajeto contrário. As coisas vagam sem rumo por três episódios, e só na segunda metade da série a verdadeira trama começa a se revelar[3]"
Não entrarei em comparações. Mas, para introduzir esse assunto eu teria que pôr a referência de quem assistiu no ano em que foi lançado. Talvez, na época de ouro da Gainax (graças a uma boa equipe de profissionais). Embora, eu tenha feito muitas voltas nessa análise, estamos onde eu queria chegar. Leitor, você já ouviu falar no Superflat? Felizmente, Lancaster, definiu o termo (e eu não poderia colocá-lo em melhores palavras):
De uma forma simples: O Superflat é um movimento estético pós-moderno que surgiu dentro das artes plásticas e que encontrou eco nos mangás e nas animações – até porque seu pressuposto é de que a cultura dos animes e mangás é a cultura japonesa de nosso tempo. Ele se vale dos elementos de fetiche que caracterizam os animes e mangás dentro da cultura otaku para questionar o contexto social que deu origem aos mesmos fetiches. Ou melhor dizendo, ele reprocessa esses elementos para devolvê-los desconstruídos para aqueles que os consomem originalmente[...] O pós-modernismo é um movimento com várias correntes e sem uma proposta unificada, salvo na sua crítica ao modelo tradicional de racionalismo nas artes, na literatura e nas ciências.[4].
Arte de Takashi Murakami
O termo superflat significa "super achatado", e foi concebido pelo artista plástico Takashi Murakami. Como Lancaster já falou, o superflat pega os símbolos de fetiche (daí você pode pensar em todos os exemplos génericos de animês) e os devolve destruídos (só eu lembrei do superflat com Madoka Mágica?). O movimento era uma forma de crítica ao "achatamento"da cultura. E atacava,basicamente, a cultura otaku.
Parte do mangá de FLCL.
O que diabos quer dizer "otaku"?,alguém perguntará. A palavra, na sua origem, tem um signifcado diferente daquele adquirido no ocidente. Kauê, do blog Otakismo,diz que 

Os otaku seriam a primeira geração de Homo Virtuens, seres gerados no fim dos anos 70 e início dos anos 80 no Japão, em pleno auge da prosperidade econômica, embalados pela asfixiante atmosfera de consumo, educação e informação em demasia. Refugiaram-se na fantasia, "superalimentados por imagens propostas pela mídia". Uma descrição precisa existe no prefácio do livro: "Rebelde desertor, o otaku utiliza nosso mundo sem dele fazer parte.". Vivendo em sua bolha pessoal, o otaku ignora as relações interpessoais, retarda sua entrada na vida adulta e no mercado de trabalho e se relaciona com fantasias do universo bidimensial, sejam as graciosas meninas de nanquim, seja a inatingível cantora pop pixelada na televisão.[...]. Fato que ele foi cunhado em 1983 pelo ensaísta Nakamori Akio. [...]Remete tanto ao termo habitação (isolamento) quanto a um tratamento impessoal de distanciamento dos  japoneses (falta de conectividade social). Hoje o termo é aceito publicamente no Japão para definir qualquer pessoa que tenha uma mania qualquer, usualmente associado com coleções. Alguém que colecione selos compulsivamente é um otaku. Mas geralmente quem faz isso são aqueles que conhecemos como otaku. Colecionam milhares de mangás, animes gravados em formatos de mídia diversos, artigos colecionáveis dos seus personagens favoritos, jogos etc.[5].
Parte do mangá de FLCL
FLCL critica a cultura otaku de uma forma sutil. Desde a garota que é obcecada por video games, e fuma à beira do rio, ao menino que acha a cidade em que mora entediante.Ou, até mesmo, no fato de acontecimentos fora do padrão serem pouco percebidos. Rôbos aparecem e ninguém fica surpreso? Quem assistiu pode entender agora o que a Haruko estava querendo dizer com:"Não tem nada mais que um monte de lixo saindo da sua cabeça".

Referências:
  1. ANIMENEWSNETWORK. FLCL
  2. Wikipédia. FLCL
  3. AnimeDo2000.N°10. FLCL
  4. Maximum Cosmo.Superflat: A Reação do Pós-Modernismo Japonês ao "Boom" Otaku
  5. Blog Otakismo: Homo Virtuens, o surgimento do fenômeno otaku  
  6.  
    Sobre FLCL : Animê (AQUI .Ou no formato avi, pelo Torrent AQUI,as legendas em PT/BR,caso escolha o Torrent, estão AQUI)Trilha sonora (AQUI ou AQUI,completa e via Torrent) Mangá (AQUI)

    Koi Kaze: Lidando com um tabu

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    Primeiro de tudo, NÃO LEIA ESSE TEXTO ANTES DE ASSISTIR KOI KAZE. Faça o download dos 13 epísódios aqui.  (Depois, volte e dê sua opinião). Ou leia o mangá, link para  down aqui (particularmente, prefiro o mangá). Se ainda assim prosseguir com a leitura, estará por conta e risco. 
     

    Introdução


    Koi Kaze foi um mangá escrito e ilustrado por Motoi Yoshida. Publicado pela Kodansha.,no ano de 2002. 
    Em 2004, a série foi adaptada para a TV sob a direção de Takahiro Omori, (o mesmo que coordenou animês como Durarara e Natsume Yuujinchou). contando com 13 epísódios. Esteve sob os cuidados do estúdio A.C.G.T. que,  até onde sei, é um estúdio "staff" (que só coopera com outros estúdios).


    Koi Kaze é o mais recente animê que assisti, e cujas reflexões ficaram latentes na minha mente. Sei que não irei contribuir com muita coisa. E, possivelmente, sentirei um pouco de constrangimento em colocar esse animê na minha lista de preferidos. Por enquanto, fica apenas como uma obra,admiravelmente,sensível (e ao lado da minha lista ).
    Quanto à parte técnica. Pessoalmente, prefiria que o animê fosse todo feito em cores "apagadas"(como fizeram no atual Usagi Drop). Acho que isso daria a carga emocional que ele necessitava, e se aproximaria do estilo do mangá. De resto, o traço dos personagens são exatamente iguais aos do mangá. Embora, eles tenham pecado em subtrair fatos importantes da história original. Contudo, mais acertaram do que erraram. E há de se levar em conta de que se tratava de um estúdio pequeno. 


     A história em poucas palavras
     "Saeki Koushirou trabalha planejando casamentos, mas sua própria vida amorosa é um desastre. Filho de um casal divorciado, vive com seu pai. Ele tem uma mãe e uma irmã, mas ele não as vê desde que ele tinha 12 anos. Depois de ser abandonado pela sua namorada, um encontro casual com uma estudante desperta novos sentimentos dentro dele - mas, ele descobre que a garota é na verdade sua irmã, que agora vai morar com ele e seu pai. No entanto, os sentimentos no coração de Koushirou ...[1]"


    Nanoka consola Koushirou. O encontro que mudaria tudo...


     "Como algumas pessoas aceitam isso?" 
    Koi Kaze - how many people accept it? é o título do tópico postado no site Anime news Network Achei importante pôr aqui enxertos do que li sobre o animê . Foi por isso que eu disse para deixar esse post de lado,caso não houvesse assistido. A partir daqui você lerá coisas que aconteceram no animê e a reação que as pessoas tiveram à elas. O mais curioso é que a situação do animê foi debatida como se tivesse sido vívida por pessoas de carne e osso.Lá, encontrei todo tipo de resposta. Essas são só algumas das que me instigaram (a tradução foi adaptada): 

    "Todo mundo tem problemas com a natureza incestuosa da relação central, com ambos personagens do anime.[...]Amor entre um irmão e irmã é, naturalmente, o ponto focal da série, e eu aprecio isso, mas dado o fato de que Nanoka tem,supostamente, 15 anos, e seu irmão 27, isso não o torna um pedófilo?"[3]
    Resposta de um usuário do fórum:
    "Eu acredito que a idade do consentimento,no Japão, é de 16, e até que chegou atrasado em comparação com outros países desenvolvidos. Tenho visto ocasionalmente comentários sobre como, culturalmente, Japão coloca ênfase na inocência, juventude e em sua estética de beleza do que, digamos, os EUA".[3]
    Quanto à questão da inocência, o comentário está certo. Recomendo que leiam um artigo sobre esse assunto (aqui). A primeira coisa que inferi em Koi Kaze, e todos os que estão acostumados a assistir animês devem ter pensado o mesmo,foi a questão das garotas que tem encontros pagos. Kauê, do blog Otakismo também fala sobre isso. Por sinal, como eu poderia não citá-lo numa questão tão importante como essa? Ele diz o seguinte "Enjo Kosai (traduzido livremente como "encontro compensado") é uma situação que ocorre menos do que a mídia especula, mas mais do que se supõe. Significa a prática de garotas, geralmente colegiais (a idade média varia de 12 a 20 anos, com extremos para cima e para baixo), que são muito bem pagas ou presenteadas com artigos de luxo por homens mais velhos para os acompanhar em saídas e, às vezes, lhes prestar favores sexuais. Exato, homens ou grupos deles que pagam pequenas fortunas apenas para que meninas em seus uniformes de marinheira (detalhe quase sempre imprescindível) os acompanhem em restaurantes, cafés ou karaokês. Alguns deles também fazem questão que elas os acompanhem até os hotéis do amor, uma face mais nebulosa do fenômeno [5]"

    Voltando à Koi Kaze, temos um colega de trabalho do personagem principal que tem um tipo de fetiche por garotas de quinze anos. Mais adiante falaremos desse assunto. Por ora,fiquemos com a questão dos encontros. Sendo ou não comuns, uma personagem incentiva Koushirou a sair com Nanoka. Fato bem notado, por um usuário do fórum:
    "O encorajamento de Kaname ao dizer para Koushirou levar Nanoka ao parque no primeiro episódio, foi algo que eu achei confuso também. Ela só queria que ele tivesse uma garota para se distrair, e não que uma relação realmente começasse a se desenvolver".[3]


    Mais um comentário bem acertado. Kanane soube do rompimento recente de Koushirou e apenas propôs que ele saísse um pouco. Tanto é que,quando ela descobre da relação dos dois, Kanane não aceita. A personagem Kanane assumi o papel de razão em algumas cenas. Dizendo para o Koushirou "Ela é sua irmã...isso é nojento",e quando conversa com Nanoka. "Ele é seu irmão mais velho[...]Seus pais vão ficar tristes quando souberem". E,na útlima vez que encontra Koushirou,diz que ele ainda pode voltar atrás. Vocês sabem que eles não ouvem a razão...Devo dizer que não estou defendendo relações incestuosas aqui. Apenas os convido a olhar para a situação do Koushirou. Eles poderiam ter fugido para viverem num lugar onde ninguém os conhecesse? Sim,poderiam. Aliás, foi a primeira solução que eu pensei. Mas, a autora foi por outro caminho. Tornou Koushirou um personagem bem "pé no chão" e menos egoísta. Nanoka ainda estava no colegial, pedir para fugirem seria justo? É aí que, num ato de renuncia, ele decide ir à casa da mãe para dizer que não pretende se casar. Ou seja, a história termina sem um rumo para as personagens. O que me leva a pensar que eles viveram essa relação em segredo, já que não seriam aceitos. Quando Kanane diz que não quer que ele tenha um vida miserável, era dessa vida que ela estava falando. Koushirou responde:"Não decida quem tem uma vida miserável". Eles não tem outra escolha,a não ser manterem segredo.
    Mas, espera, isso não está certo?! Não está. Leiamos outro lado da situação de Koushirou,pelas palavras de mais um usuário do fórum:

    "A palavra efebofilia pode ser aplicada aqui, mas entender este termo como pedofilia, é um tanto quanto forte. Pelas definições dessas palavras,denota uma preferência para aqueles de determinados grupos etários. Alguém poderia argumentar que, no caso de Koi Kaze, Koushirou agiu através de um impulso inicial fugaz, em oposição a uma preferência estabelecida. Naturalmente, o contrário também poderia ser argumentado [como ele finalmente parece abraçar seus sentimentos por Nanoka].Gostaria de concluir que Koushirou é uma pessoa que experimentou pensamentos efebolícos, mas talvez não fosse, diretamente, um efebólico [quaisquer elemento, perceptivelmente, sexual de seu relacionamento com ela não são explorados. De fato, ele claramente e imediatamente abomina seu momento de fraqueza.]" [3]


    Fiquemos com a questão da efebofilia, que é um pouco diferente da pedofilia,pois considera o gosto por adolescentes. Lembram do colega de trabalho de Koushirou de que falei ainda há pouco? O comentador acima tem razão, Koushirou não tinha a mínima intenção de se apaixonar. Ela era só uma adolescente que ele encontrou, não era como se ele fosse um pervertido. Tanto é que, em um certo episódio, quando eles dois vão ao cinema, bem no comecinho, ele troca olhares com a sua ex, e corre para desfazer um possível mal entendido. Mas, quando Koushirou se vê diante de sentimentos errados, no que diz respeito à sua irmã, ele se tortura. Se sente culpado. Um pedófilo ou efebófilo sentiria culpa? Mas, sob nenhuma circunstância, ele pensa na idade dela. Não seria errado se ela não fosse sua irmã?Ambos se apaixonaram. Ele não a forçou. Tanto é verdade que, quando Koushirou vê que não dá pra morar sob o mesmo teto que a irmã, ele se muda. Passemos agora para a opinião de um japonês:

    "A situação era de fato cultural. No Japão não é incomum para um homem mais velho sair com uma mulher muito mais jovem. No Japão, o homem num relacionamento,supostamente, cuida das finanças e é o responsável na relação, enquanto a mulher deve ficar em casa, tricotando e cozinhando. Quando um homem mais velho entra em um relacionamento com uma jovem garota ingênua, ele está em vantagem sobre a mulher. Eu, pessoalmente, não encontro o apelo de ter um dependente que está sempre precisando das coisas.Se a situação pudesse ocorrer na vida real, com alguém que conheço, eu iria sem dúvida, dizer que esta é uma péssima idéia. O que aconteceu no final do episódio 12 realmente me incomodou, mais devido à diferença de idade do que a coisa de irmãos. Se um dos meus amigos (meus colegas de quarto são todos rapazes mais jovens, na faixa dos 20) dissessem que querem dormir com uma jovem de 15 anos, pode apostar que faria tudo ao meu alcance para convencê-los de que é uma má ideia. Eu sinto que é importante estar em pé de igualdade com o quem você ama. Mais uma vez, esta é apenas a minha opinião, que é muito culturalmente tendenciosa, porque eu fui criado com um conceito de igualdade de gênero fortemente arraigados. [...]É fácil dizer que você está bem com o conceito no papel, e aprovar a relação. Pergunte a si mesmo, se a situação viesse a acontecer na vida real, como você responderia. Eu certamente, não teria feito o que fez Koshiro. [a compaixão da Kaname é realmente comovente. Sua reação inicial quando Koshiro disse a ela o que estava acontecendo não era surpreendente. Quando ela foi ao apartamento e disse a Nadoka que ela era sua namorada, e admitiu a Koshirou que ele não estava completamente em falta, fiquei comovido. Ela foi tão compreensiva numa situação onde a maioria das pessoas não teria mesmo dado a ele nenhuma chance.] Eu ainda gosto da série e acho que é bem produzida. Só o fim me frustrou." [4].

    Parece que a questão de serem irmãos é pouco relevante quando comparada à diferença de idade. Basta recordar que todas essas citações foram feitas por pessoas que moram nos Estados Unidos. Vocês acabaram de ler, no Japão, encontros pagos, relacionamento com pessoas mais jovens não são, de fato, "proibidos". E,sim, a relação incestuosa. Vamos lá, os dois passaram anos separados sem nem ao menos terem se visto antes. Podemos relevar por causa do contexto. Ninguém nesse fórum,até agora, defendeu/condenou a pedófilia/incesto. Não é essa a questão gritante para eles. O que fere suas noções de certo e errado, é a idade dos dois. Sim,sair com menores de idade ainda é um problema. Ter relações sexuais com uma menor ainda é considerado crime. MAS, houve uma opinião que me deixou surpresa. Alguém aceitou Koi Kaze!



    "Se eu aceito Koi Kaze? Devo considerar que eu acabei de comprar a box do DVD. A premissa me pareceu interessante [...]De qualquer forma, na medida em que o incesto acontece, eu realmente não tenho um problema com ele. Eu não o compreendi desse jeito, mas posso, facilmente, respeitar as pessoas, desde que  bebês não sejam produzidos como resultado. Eu só acho ridículo porque parece ser comum, na sociedade, ser rejeitado por algo fora da norma, ou melhor, o aquilo que a sociedade impõe a você".[3]
    No final das contas, eu fico com a ideia de que "tudo está bem no papel". Koi Kaze me atraiu porque fala de uma relação proibida da forma mais crível e singela que já pude ler/assistir. Nada sujo, ou desagradável (como em Angel Sanctuary). Nada para ser expurgado. Sem condenação para os dois. Ou como bem notou um dos debatedores do tópico, no Anime News. "Era viver de forma miserável separados, ou juntos. Então, eu só tenho que aceitar e acreditar no amor verdadeiro". Koi Kaze não é para ser julgado. É para te fazer refletir sobre questões importantes. Ao concluir esse post, fica a minha dúvida, o que Motoi Yoshida pretendia com essa história? Eu me pergunto se ela não queria que tivéssemos essa conversa. Caso contrário, porque ela colocaria uma personagem de 15 anos com corpo de uma pré-adolescente?

       Referências:
    1. AnimeNewsNetwork. Koi Kaze (mangá)
    2. AnimeNewsNetwork. Koi Kaze (animê) 
    3. AnimeNewsNetWork (Fórum). Koi Kaze -- how many people accept it? Página 1
    4._______________________________________________________ Página 2
    5  Blog Otakismo. Enjo-Kasai

    Dica para blogueiros [#8]: Enviando e-mail para os seguidores

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    Nem sempre a gente sabe quem é o usuário que está nos seguindo. Mas,se você quer mandar uma mensagem para os seus followers, existe uma forma! Pode enviar notícias,resumo dos últimos posts, avisos,etc. Caso, ainda não tenha registrado nenhum blog no site, basta fazer isso manualmente. Mas, eu aviso que a box de seguidores deve estar no seu site para que tenha,ao menos, uma pessoa te seguindo.


    Primeiro: entre no site http://www.google.com/friendconnect com o seu Gmail.
    Seguem as instruções, na imagem abaixo. Se por acaso tiver mais de um blog, você deve clicar no link específico do seu site (que aparece na lateral,como na imagem. (1)). Vá para a instrução (2), clique e aparecerá uma caixa de texto para você escrever uma mensagem. Pronto,é só enviar.
    P.S.: o número de seguidores pode não corresponder ao n° real que aparece na página do seu blog.Mas, acredito que seja porque alguns seguem com outras contas. Em todo o caso, clique em calcular, que o site vai dar um jeito de ver quantos podem receber a sua mensagem.


    Espero ter ajudado!

    A arte de Range Murata

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    Estou tentando seguir o cronograma. Mas, nem sempre tenho algo interessante a dizer...Nesse domingo nem postaria,não fosse...A minha recém descoberta dos desenhos de Range Murata. As ilustrações são de encher os olhos. Alguns devem ter percebido de quem se trata pelo traço abaixo...



    O homem

    Renji Murata (Ou "Range"),nasceu em 1968, na cidade de Osaka. Começou sua carreira fazendo designer para jogos. Isso mesmo. Quem pensava que ele era um mangaká por origem,se enganou. (Embora, a wikipédia diga que ele já tenha publicado alguns one-shots). Murata "emprestou" o seu traço para alguns games e animês. Em seu currículo,estão: Shangri-La (Anime),LAST EXILE (Anime),Blue Submarine No.6 (Anime),Spy Fiction (Game),Wachenröder (Game),"Goketsuji Ichizoku" Series (Game). 
    Além de ter feito ilustrações para revistas, ter vários Artbooks e participado de exposições/Comic-con's. O currículo dele é extenso. Dê uma olhada aqui.

    A arte

    Não dá fechar os olhos para a tendência futurísticas que os desenhos dele possuem. Até porque, foram publicados três ArtBooks com os títulos:  Robot(Vol.1-10) (2004-2008),Re futurhythm (2004),Futurhythm (2003). Tudo isso ligado à sensualidade. Em boa parte das suas ilustrações, prevalecem garotas em posições "ambíguas", ou com roupas mínimas. Mas, nada vulgar,sabe? A arte de Murata uma delicadeza que não deixa os desenhos "sujos".
    As ilustrações,em sua maioria, estão em 3D.  O que dá aquela impressão realista. Aliás, uma das razões de não  me sentir desconfortável com as ilustrações do Murata, se deve ao fato delas serem pouco caricaturais. Nada muito exagerado. Outra coisa a se observar, é a semelhança com as temáticas das ilustrações de Masamune Shirow. Afloram nos desenhos de ambos, uma sensualidade envolta a um cenário futurístico. Embora eu tenha a sensação de que os desenhos de Murata sejam muito mais dignos do que os de Masame. E dignos no sentido de que, as moças de Murata não aparecem como se estivessem fazendo ensaios sensuais. Sendo,portanto,uma arte "mais limpa". 

    Concluindo...
    Toda a informação desse post foi observada por uma fã. E só não irei me justificar porque as ilustrações dele já o faz por si mesmas.. Eu,por enquanto,estou ansiosa para ver o traço de Range Murata novamente em Last Exile: Ginyoku no Fam.Só tenho mais uma coisa a dizer...
    Ô,Pixar, como é que cê me deixa escapar um artista desses!?

    Mais informações [Atualizado]:
    Ilustrações no Animepaper: Range Murata pictures - Artist
    Alguns ArtBooks aqui.  Um volume de Robot aqui.
    Animês: Blue Submarine N°6 aqui, Last Exile (em baixa qualidade) aqui, Shangri-La aqui
    ou aqui.

    Falando,superficialmente...

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    Por recomendação do @Wyllds, acabei assistindo a série Doctor Who. Prometi que quando estivesse na metade dos episódios da primeira temporada, conversaríamos. Mas, com apenas um episódio assistido,eu posso dizer que: 


    1) Não é uma série policial comum. Com certeza, não. 
    2) Aquela policial parece ser o contato que os membros da equipe do Jack tem com o mundo "humano".(Não que eles não sejam humanos).
    3) Quem é esse homem maravilhoso?
     4) Continuarei assistindo. Claro, lógico! Achei super interessante. (Não é por causa do ator acima, eu juro).

    Usagi Drop: Eleito o melhor animê da Temporada de Verão 2011

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    Todos os anos o Japão é bombardeado por uma penca de animês, os quais saem em "temporadas". O blogueiro, Denys (do blog Gyabbo), realizou uma enquete que ficou online durante um mês. Nela saira, em primeiro lugar: Usagi Drop, com 145 votos. Ficando abaixo: No.6 e Blood-C. Mawaru Penguindrum ficou em último lugar. Apesar dos elogios de boa parte da blogsfera "especializada". 
    Contudo, por que Usagi Drop, que aparentemente não tem nada de especial, ficou em primeiro lugar? Outra enquete feita no supracitado site, quis saber qual era o público que lia o blog. Denys descobriu que a faixa etária do público era de 18-24 anos. Supostamente,nenhuma criança/pré-adolescente deve ter participado da enquete. Isso explica em parte. 


    Usagi Drop foi um mangá escrito e ilustrado por Unita Yumi, teve 9 volumes e foi publicado pela Shodensha, no ano de 2005. O mangá é classificado como "josei". Entende-se: mangá para adultos.A história,resumidamente, é essa:"Indo para casa para o funeral de seu avô,Daikichi (trinta anos,solteiro) se frustra ao descobrir que o velho tinha um filho ilegítimo com uma amante mais jovem. O resto de sua família fica igualmente chocado, e nenhum deles quer ter alguma coisa a ver com a menina,Rin. Em um acesso de raiva e espontaneidade, Daikichi decide levá-la consigo [1]" Em julho o mangá ganhou uma versão animê. A produção ficou a cargo do estúdio Production I.G. E sob os cuidados do diretor Kanta Kamei Ambos, estudio e direção, se mostraram, extremamente, competentes. De modo que, os comentários entusiasmados do Gyabbo não foram feitos sem razão:

    "Apesar da boa vontade de Daikichi em criar Rin, a verdade é que as coisas não são tão simples e a vida do homem irá mudar completamente com essa decisão. Rin, apesar de inocente e calada, guarda em si o grande sofrimento por ter perdido o próprio pai e os medos infantis naturais.[...]O diretor Kanta Kamei trabalha esses e outros temas da dificuldade de ser pai solteiro e trabalhador com um simplicidade ímpar, criando silenciosamente uma emoção em quem assiste.[..,] Se o enredo e a direção já não fossem motivos suficientes para dizer que temos aqui um ótimo anime, a arte vem fechar com chave de ouro Usagi Drop. A animação do estúdio Production I.G é de encher os olhos apesar da aparente simplicidade. Tudo é feito com cores “apagadas”, aquareladas, como já havia sido usado em Kimi ni Todoke, mas com um resultado ainda mais bonito. As músicas, começando com a cativante abertura pela dupla PUFFY AmiYumi – conhecidas no ocidente pela abertura do desenho Teen Titans – até as músicas inseridas durante os episódios, tudo se encaixa perfeitamente para criar a atmosfera que o anime pede"[2]
     
     Slice of life: a chave para o sucesso de Usagi Drop?

    Falamos do resultado de uma enquete brasileira e informal. Não sabemos se esse tipo de pesquisa fosse realizada no Japão,teríamos um outro fim. O certo é que, ele foi um dos mais elogiados da temporada (ao lado de Mawaru Penguindrum). Reconheço que o fato de se tratar de um animê do tipo "slice of life" foi a chave para ele ter caído no meu gosto. Como comentei no blog do Denys, ele é o melhor da temporada, sem precisar de muito para isso. E é leve. Absolutamente, nenhuma das falas da Rin são estranhas (como a Unita Yumi conseguiu isso?).Muito pelo contrário, nesse animê, você tem aquela sensação de conforto, de "isso me parece familiar". 
     
    Fontes/Informações:
    [1] Baka-Updates: Usagi Drop
    AnimeNewsNetWork: Usagi Drop (TV) 
    Imagens: Random Curiosity
    Você encontra,para download,no Dollars Fansub,ou no Anbient TV

    Bleach: Eu também já gostei

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    Antes de Bleach ser um dos animês-estigmas-dos-otakus-idiotas, eu o assistia. Sim, não nego, nem tenho vergonha disso.Não farei análise do desenho. Não recomendarei, nem coisa parecida. Só falarei brevemente sobre o assunto. Antes de mais nada,o que me encorajou a fazer esse mini post foi saber que uma garota está comentando os capítulos do mangá no Philosophy Otaku. UMA GAROTA! Por que da minha surpresa? Porque Bleach é um "shounen mangá"(um mangá para garotos).
    As capas dos mangás são lindas *.*
    Mas, estou aqui para falar da minha experiência pessoal com esse animê(acompanhei pouca coisa do mangá). Primeiro de tudo, algumas pessoas devem saber da minha preferência por desenhos bem feitos. Entende-se: bem desenhados. E se tem uma coisa que adoro em Bleach é o traço do Tite Kubo. Ele é muito bom! Eu queria saber desenhar que nem ele!  (Claro que, não foi o Tite que fez todos os esboços para a versão animada. Mas, fizeram o traço do animê baseado no original).
     Ademais, os primeiros vinte episódios foram decisivos para que eu continuasse a assistí-lo. Toda aquela história do garoto com cara de mau (só fachada) que vê espirítos de pessoas mortas,etc.etc. Isso somado à "deus da morte" vestidos como samurais, espadas com almas. Confesso que os fillers me cansavam (cheguei a evitá-los). E depois de um tempo a história se desgastou. Ao menos, eu tive essa impressão. Não sei vocês que continuam acompanhando a saga do Ichigo. E,sinceramente,acho que já deu. O Ichigo passando por altos e baixos, evoluindo. Ressurgindo das cinzas. 
    Admiro muito o Tite para falar que Bleach é um péssimo mangá/animê. Mas,de verdade, prefiria que ele entrasse noutra história. E que,dessa vez, fizesse algo completamente diferente. Bom,quando ele resolver partir para outra, estarei aqui para acompanhar.

    P.S.: o meu personagem preferido era o Ichida.
    P.S.2: um post pequeno e falando de Bleach,foi falta de tempo mesmo...

    "Eiichiro Oda em um Nobuhiro Watsuki lifestyle"

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    Essa frase foi publicada no Tumblr do MBBAnikenkai como descrição da foto abaixo. E,diga-se de passagem,me rendeu muitas risadas.
    Pra quem "não pegou" o sentido da frase, tem uma foto do mangaká, Nobuhiro Watsuki aqui

    FLCL: Legendas PT/BR

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    Segue abaixo o link com as legendas:
    Os arquivos estão no Google Docs. Qualquer problema, deixe um comentário que tentarei resolver.

    "Meu recesso"

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    É isso,me afastarei do blogger por um tempo. Estou um tanto frustrada com umas coisas que andam acontecendo. Faz mais ou menos uma semana que não durmo direito... =(
    Bom,só peço pra que torçam por mim. E os que acreditam em Deus, orem. Orem muito para que tudo dê certo,no final.  :)
    P.S.: Quem me conhece sabe do que estou falando. É uma das coisas mais importantes pra mim.

    Tadaima!!

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    Voltei, pessoas que me leem (e estou COM MUITAS SAUDADES DO BLOGGER). Sim,não consegui passar muito tempo longe (mas, voltarei aos poucos. Tem muita coisa pra resolver nesse mês...)

    Vim falar sobre algumas novidades que andam pairando por aqui. A primeira delas é o layout do blog. Vocês devem ter notado que mudo constantemente. Tanto quanto mudo de roupa (e acho que até mais). Infelizmente, ainda não achei um que me agradasse. Por ora, fica esse mesmo. Outra: coloquei links  com as principais redes sociais das quais participo.

    Por falar em redes sociais, como sou uma pessoa, completamente, anti-social,tive certo preconceito. Estive distante disso por um longo tempo. Aliás, foi um dos motivos de ter excluído várias contas do Blogger,Orkut, Twitter e Tumblr. Bem,como podem notar esse blog sobreviveu por mais de dois anos...A conta do meu Orkut está lá meio abandonada, mas, só a estou preservando por birra mesmo. O Twitter, quando você aprende a interagir com os seus followers ele fica BEM divertido.Quanto ao Tumblr. A verdade é que tinha ressuscitado a minha antiga conta do Multiply. Pretendia usá-la, é verdade. Mas, o layout do site ainda perde muito carisma. O Tumblr faz as mesmas coisas que o Multiply,só que melhor. Então...migrei pra lá. E tem sido tão legal. ^____^. Era o espacinho que eu queria para postar pequenas coisas inutéis. Atualmente, estou criando resistência para participar do Nyah!Fanfiction. Quem sabe um dia...

    Dica para blogueiros [#9]: Como stalkear

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    Acho que a questão veio à tona quando percebi que a maior parte dos tráfegos que paravam no meu blog provinham desse site: http://acappella-rar.blogspot.com/ Ok, eu achei isso bem estranho, a princípio...e, de fato, fiquei tentando entender por que você, Acappella-rar (ou outra pessoa, de repente), visitaria o meu blog todo o santo dia.

    Como, apesar de pedir para não me visitar tão frequentemente, você continua fazendo-o, achei por bem,postar algumas coisinhas. Espero que sirva para outras pessoas que gostam de stalkear outros. Nada contra,só acho que certas coisas devem ser feitas com moderação. 

    1°. Você pode assinar o feed do blog do qual gosta. Sempre tem aquelas box's pedindo pra registrar o seu e-mail. Receber os post's por e-mail é mais cômodo.

    Boa parte dos blog tem a opção "inscrever-se por e-mail". Ela aparece quando você clica para no link "comentário". Geralmente, aparece embaixo da box de comentários. Desse jeito, você pode ler a resposta ao recado que deixou no post. E os novos comentários irão para o seu e-mail (eu tenho usado muito essa opção, ultimamente). Para o sistema disqus, só funciona se você logar com uma conta (Até onde sei...).Também há a opção Notificar por e-mail   Inscrever-se por RSS no disqus

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