Eu Lírico conta a história de Fabrício, que tenta se declarar escrevendo poemas. O problema é que ele é tímido. Escrever e entregar um poema foi a sua saída. A declaração perfeita... Não fosse Fabrício não ter talento algo para a coisa. Ele acaba dando trabalho para dois personagens: Eu Lírico e Inspiração. Se quiser ler os episódios anteriores, clique no marcador dessa postagem.
Vitória das circunstâncias: a febre de Fabrício piorou. Ficou de cama por uma semana. Marisa o visitava depois das aulas. Se dependesse da alegria sentida a cada visita já estaria bem. A mãe não sabia mais o que fazer. Disseram que era uma virose. O médico receitou remédios que ela o fazia tomar a cada turno do dia.
- O que faremos, Eu Lírico? – diz Inspiração mais preocupada do que antes.
- Nós? Nada. O que podemos fazer se estamos limitados a essa barreira imaginária?
- O mundo invisível da mente do Fabrício.... Mas, ainda assim, é injusto!
- Vamos torcer para que ele fique bem antes da época das provas.
- É semana que vem...
Segunda-feira e Fabrício já está de pé? Está se arrumando para ir ao colégio. O que pretende? Assistir aulas mesmo com febre?
- Fabrício, o que é isso? – diz a mãe surpresa ao vê-lo descer usando a farda do colégio e com os cadernos embaixo do braço.
- Já estou melhor, mãe. Posso ir ao colégio. – sem dar atenção à mãe, saiu pela porta da frente mais rápido do que uma bala. Cansou ao virar a esquina. Ainda não estava cem por cento. Mas, ao menos a febre passara. Foram muitos medicamentos seguidos.
[...]
- O que planeja, Fabrício? – diz Inspiração ao vê-lo andando com dificuldade.
- Ir à escola mesmo não estando bem é irresponsável... – disse Eu Lírico meneando a cabeça em desaprovação.
[...]
- Bom dia, Fabrício! – fala Marisa – Se sente melhor?
- Bom dia... – diz se ajeitando para parecer saudável – Estou bem.
- Não está com febre – ela passa a mão no pescoço dele para conferir.
Ele fez a prova nesse dia.