(Esse post é só um "extra" que escrevi ontem. Na verdade, não tem muita importância. E já é só questão de opinião, estou postando fora do dia combinado. Vide o texto na lateral com o plano da semana)
E foi só Bakuman ser lançado no Brasil para choverem resenhas falando do mangá. Havendo mesmo, pessoas que compraram o primeiro volume sem nunca o terem lido(até pouco tempo você poderia achá-lo em scanlators). Só que, adivinha o que acontece em seguida? Elas se veem ludibriados por pessoas "entendidas" no assunto. Já que uma parte considerável da "mídia especializada" é fã confessa do mangá.
E foi só Bakuman ser lançado no Brasil para choverem resenhas falando do mangá. Havendo mesmo, pessoas que compraram o primeiro volume sem nunca o terem lido
Uma coisa óbvia: só quem fala bem de Bakuman são os fãs, fora isso, todos o repudiam. Um retrato do que eu disse, sobre os que compraram o volume sem ter ideia do que estavam pagando para ter, vocês podem ler aqui e aqui.
E o resenhista observa:
Ao listar as "qualidades" de Azuki, Akito comenta: "Ela sabe naturalmente que ser uma esposa bonita é o caminho mais fácil para a felicidade", "Acho que ela aprendeu naturalmente que é melhor para uma garota ser graciosa e educada", "Ela sabe instintivamente que ser 'esperta' não é ser atraente", entre outras frases misóginas que devem fazer a alegria dos machistas mais reacionários.
Ele notou algo que nem eu tinha visto! E aposto que a maioria dos que leem a série não se deram conta. Ele fala do papel submisso da mulher em Bakuman. Tá bom , até aí eu concordo.Afinal, Bakuman é um mangá para garotos (e em que shounen mangá a mulher não é idealizada?). Só que, se ele pode ir por esse caminho...Eu também posso. Alguém que leu o mangá (mais do que um volume, por favor), viu o que a Iwase faz lá pela metade da história? Ela quer ficar em par de igualdade com o Akito. Iwase se torna uma mangaká para provar que também pode fazer isso. Ou será que só eu vejo as coisas por esse lado?
Outra observação, um tanto presunçosa, que li:
O espírito da série pode ser resumido em um clichê da auto-ajuda: "tudo o que quiser você terá, só basta acreditar". Desde que, é claro, você tenha sorte e não seja mulher.
Novamente o lado machista que o resenhista faz questão de frisar. Só que...onde Bakuman é auto-ajuda, meu santo? E aqui eu tenho que me posicionar e dar o meu relato pessoal. No ano passado,quando li esse mangá, fui impulsionada pelos dois nomes da capa (Tsugumi Ohba e Takeshi Obata,mesmos autores de Death Note). Ele foi recomendado por um amigo. E aconteceu uma coisa um pouco estranha...Eu me peguei pensando na minha vida,e no rumo que ela tomou. Das coisas que esqueci. Bakuman ressoou em mim.E eu só posso resumir a série em uma frase: "Bakuman fala de sonhos". O mangá te faz pensar (temos até um relato pessoal aqui). Quem lê Bakuman e gosta da história, quer saber como vai terminar, se eles vão conseguir realizar os seus sonhos.E lá pelas tantas, acabam acompanhando a história por causa do sentimento que sentiram ao lerem. Eu sei,é exagerado. É uma visão sentimental da coisa. Mas,é como eu penso que boa parte dos que apreciam a série se sentem. Eles gostam da motivação das personagens (o caráter "novelinha"do mangá só colabora para que se torne viciante, também).
