Um trapo velho. É como me sinto. Jogada às traças. Fulgurando a própria tristeza. Sem fim, sem começo. Já passei por isso tantas vezes... Não me garantiu forças maiores, acredite. Não sou blindada. Sou uma garota. Sensível como tal. Sentindo até os fios de cabelo a minha tristeza... Perene? Fico a pensar nisso... Passageira? Queria que fosse. Atacaram a minha fortaleza.
Eram bombas nucleares, foi horrível: vísceras, sangue, dor. Não estava em guerra, para quê a brutalidade? Se dizes se importar devemos assinar um tratado de paz. Seu território, meu território – separados. Não entre na minha propriedade, carniceiro! Fique longe! É, aí está bom. Não se aproxime mais de um palmo, somos inimigos agora. Não há como voltar. Você sabe como? Não sabe? Adivinhei que não. Tudo ficou estranho depois do ultimo bombardeio... Sabe como sou sentimental, não quis admitir, fui durona o quanto pude agüentar. “Não vou chorar, não vou”. Chorei, no final das contas. Tanta dor, melancolia, perda, desapontamento... Raiva! De ti, de mim... dela! Ela é seu ideal. Ela é o seu sonho. Não faça mais comparações, elas me machucam.
Eram bombas nucleares, foi horrível: vísceras, sangue, dor. Não estava em guerra, para quê a brutalidade? Se dizes se importar devemos assinar um tratado de paz. Seu território, meu território – separados. Não entre na minha propriedade, carniceiro! Fique longe! É, aí está bom. Não se aproxime mais de um palmo, somos inimigos agora. Não há como voltar. Você sabe como? Não sabe? Adivinhei que não. Tudo ficou estranho depois do ultimo bombardeio... Sabe como sou sentimental, não quis admitir, fui durona o quanto pude agüentar. “Não vou chorar, não vou”. Chorei, no final das contas. Tanta dor, melancolia, perda, desapontamento... Raiva! De ti, de mim... dela! Ela é seu ideal. Ela é o seu sonho. Não faça mais comparações, elas me machucam.
Não me faça odiá-lo. Não me faça vê-lo como os outros. Pare aí mesmo, quero distância, antes que me arrependa e caia nos seus braços novamente – te quero longe. Nunca deveria ter deixado a porta aberta – se pudesse prever – fechá-la-ia. Por que entrou se não pretendia ficar? Não brinque com sentimentos, meu coração é fraco. Infarto do miocárdio pode matar. Olhe a cerca. “Não entre”, o aviso diz. As relações entre nossos países, rompidas pelo seu egoísmo. Porque não soube ver o que estava próximo, perdeste. Agora a propriedade é privada, tome cuidado com os cães. Tomara que te mordam na próxima invasão. Sou contra guerras armadas, portanto, a nossa será tácita. Com gestos silenciosos, sua cerca, a minha. Ultrapassar a fronteira sem passe? Jamais. Perdemos a senha. Os seus sussurros viraram um redemoinho itinerante. “Não”, os sussurros vão e voltam. A guerra se foi, sou uma sobrevivente dos furacões.
Publicado, originalmente, em 19/09/2009. Revendo o passado. Só pra lembrar do quanto fui deprimente^^" Sei que não é terça. como diz no "plano semanal", mas, me deu vontade de postar algo...