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O Caso da Cidade das Almas - 2ª parte

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Você ouviu isso, Tor?”, disse um rapaz aparentando dezoito anos. Tor, seu corvo de estimação era seu único amigo depois que saiu de casa por conta de uma briga com os pais. Vivia clandestinamente numa casinha abandonada. Ninguém suspeitaria de um rapaz franzino e apático. “Eles já suspeitam”. “Investigador, queremos que veja uma coisa”, disse o policial entrando no gabinete, pálido. Na noite anterior acharam uma nova vitima. Uma adolescente. O policial não agüentou olhar aquilo,ele saiu em lágrimas. Poderia ser sua filha. “As pessoas estão se mudando. Sugiro que vá também”, disse o chefe pondo a mão no ombro do policial. A frustração do jovem investigador chegou ao auge. Teria que resolver esse caso com urgência. Antes que mais vidas fossem ceifadas por esse maníaco. Já trabalhavam com a hipótese de um demente assassino. A policia visitara cada família na tentativa de investigar os possíveis suspeitos. Todos eram investigados. Até mesmo os moradores foram advertidos a observarem seus vizinhos. Com toda a cidade mobilizada, daria certo. Um policial chegou com um casal ao gabinete do investigador principal, o jovem Fábio. “O que houve, André?”, disse o investigador espantado com a visita repentina. “Eles têm algo a dizer”. “Pois não, sentem-se”. O caso estava ficando interessante. Até pouco tempo a ausência de provas deixara Fábio com uma dor de cabeça infernal. Agora seu analgésico estava ali. Sorriu com alguma expectativa. Resolveria o caso.



Eu sou a Lenda, part II

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Realmente não sabia. havia, é claro, a possibilidade remota de em algum lugar existirem outros como ele, tentando continuar, esperando algum dia se reunir novamente aos seus. Mas como poderia encontrá-los se não estivessem a menos de um dia de viajem de sua casa?
Ele deu de ombros e serviu mais uísque no copo; havia desistido de usar medidores de dose meses atrás. Alho nas janelas e redes sobre a estufa e queimar os corpos e levar embora as pedras e, uma fração de centímetro de cada vez, reduzir sua quantidade nefasta. Por que se enganar? Nunca encontraria mais ninguém.
Seu corpo desabou pesadamente sobre a cadeira. Aqui estamos nós, crianças, confortavelmente sentados, aconchegados, cercados por um batalhão de sanguessugas que nada querem além de beber livremente minha hemoglobina garantida, cem por cento genuína. Tomem um drinque, rapazes, esse é realmente por minha conta.
Seu rosto se contraiu em uma expressão de ódio puro, inqualificável. Miseráveis! Vou matar todos vocês antes de desistir! Sua mão direita se fechou como uma tenaz e o copo se partiu com a pressão.
Ele olhou para baixo, sem expressão nenhuma, para os fragmentos no chão, para o pedaço de vidro partido ainda em sua mão, para o sangue diluído em uísque que escorria de sua palma.
Mas eles não gostariam de um pouco daquele sangue?, pensou. Levantou-se abruptamente com um impulso furioso e quase abriu a porta para poder sacudir a mão diante de seus rostos e ouvi-los uivar.
Em seguida fechou os olhos e um calafrio percorreu-lhe o corpo. Controle-se, amigo, pensou. Vá enfaixar sua maldita mão.
Cambaleou até o banheiro e lavou a mão com cuidado, soltando uma exclamação ao passar iodo na carne aberta. Depois a enfaixou de forma tosca, com o peito largo subindo e descendo com movimentos convulsivos e suor escorrendo em sua testa. Preciso de um cigarro, pensou.
De volta à sala, trocou Brahms por Bernstein e acendeu um cigarro. O que farei se um dia acabarem os pregos de caixão?, pensou, olhando para a fumaça azul do cigarro. Bem, era pouco provável isso acontecer. Ele tinha cerca de mil caixas no armário de Kathy...
Cerrou os dentes. No armário da despensa, da despensa, da despensa.
O quarto de Kathy.


To be continued ...


O Caso da Cidade das Almas - Última parte

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Sei que a última parte ficou excessivamente grande, mas, se ler rápido,num ritmo frenético, irá pegar a sensação que tentei passar, e terminará a leitura em um instante. Parte 1 e 2 (AQUI


Quão satisfeito estava o investigador. Poderia descansar. Quem sabe tirar férias com a família no Caribe, heim? Caso resolvido. Tudo acabaria bem. A história que ouvira dos pais de Ricardo eram fortes o suficiente para pô-lo como suspeito principal. Garoto problemático, fugira de casa, costuma usar roupas escuras. Não havia muitos assim naquela cidade. Um sujeito com essa descrição seria pego fácil. “Preciso de uma foto de seu filho, Senhora Garcia”. Os passos seguintes, vocês já podem prever. Fábio convocou todos os policiais encarregados do caso, juntou as informações e foi à caça. Sabia que além de um criminoso Ricardo era foragido. “Coitada da Senhora Garcia, saiu chorando. A ovelha negra será encontrada, não se preocupe. A ovelha desgarrada voltará ao rebanho. Só não ficará com as outras...”, pensava Fábio com um largo sorriso. Resolveu por si mesmo investigar nos arredores da cidade. Não avisara à ninguém. Achou um pouco imprudente quando pensou nisso mais tarde. (Depois de mais de três quilômetros andados). Desanuviou os pensamentos de morte com uma batida no bolso, levara uma arma. Com um assassino à solta não podia andar desarmado. Prezava por sua vida. Entrava no bosque que cercava a cidade com passos leves. Pisava nas folhas secas e olhava para os lados, o barulho poderia atrair alguém. Seu coração batia mais forte a cada passo. Presságios da morte. Alguém espreitava. Era tarde, passara do toque de recolher. Dezoito e quinze minutos. Admitira a imprudência. Decidiu voltar. Os passos agora mais rápidos e longos. Ouvira um barulho de galhos quebrando. Olhou espantado para trás e viu um vulto. Foi como ver um fantasma, quase a mesma expressão da única testemunha do caso. Sua pulsação acelerada. Seus batimentos estavam como um carro de corrida, a mil. Se ao menos a sua mão lhe obedecesse e sacasse a arma. Paralisara com o medo. Seria seu fim? Como ficaria o caso? E mais relevante que isso, como ficaria sua família? Sua esposa viúva chorosa e sua filha, órfão de pai. “Achou mesmo que conseguiria me prender, detetive Fábio?”, disse o rapaz ensandecido. Fábio não soube o que dizer, estava encurralado. Não poderia blefar numa situação como essa. Ah, o oráculo que não previu tal situação. Não, essa situação fora criada. “Sabia que viria aqui. E que viria sozinho. O detetive que encontrou o assassino vira herói. Queria ter alguma compensação? Heim, responde. Está com medo?”, disse se aproximando. Fábio recuava. Queria saber se daria tempo. Daria? Tinha que tentar. A chance estava ali. “Não, Ricardo, o medo se foi quando você admitiu ser o assassino. Eu sabia desde que seus pais foram ao gabinete que resolveria esse caso. Vim aqui pelos ‘louros’, ou pegar o eu prêmio, como quiser interpretar. De algum jeito sabia que estaria aqui a minha espera”. Gastou seu único blefe para poder distraí-lo enquanto sua mão escorregava até o bolso. “Gastando seu ultimo blefe com um criminoso tão baixo como eu? Não deveria... Como será ter o corpo dilacerado? Pode gritar, ninguém vai ouvir. Ninguém virá te socorrer. Em pouco tempo nem sentirá mais dor”. “Fique longe de mim, seu maníaco assassino”, disse finalmente sacando a arma. “Ah, que baixo da sua parte, investigador Fábio. Eu tenho os meus direitos. Não pode me matar assim”, Ricardo se aproximava. A cobra prestes a dar a bote para. Seus olhos arregalados, a boca aberta, a voz solta um grito abafado. Sentia dor. Quem atirara? O investigador não o teria feito. Olhou para a sua esquerda e viu um homem de pouco mais de quarenta anos. Porte mediano. Com lagrimas nos olhos. “Atirei em meu filho...”. O Senhor Garcia salvara a sua vida. O homem gritava como se o ferido fosse ele. Fábio o abraçou e o tirou dali. Ricardo não morrera, fora condenado. A cidade jamais esqueceria. O Investigador poderia dizer que passou por uma experiência de quase morte, ou próximo a isso.

Imagem:In the blue forest by *jchanders


Off-topic:
1. Fiz uma pequena apresentação dos parceiros desse blog no meu Tumblr: http://suzilima.tumblr.com/post/14144893980 2. Esse conto está sendo reprisado porque não estou com tempo de atualizar o blog . 3. Ficarei ausente por cerca de dois meses (os estudos novamente). 


Eu sou a Lenda, part III

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Ficou sentado fitando o mural com olhos mortos enquanto "A era da ansiedade" pulsava em seus ouvidos. Era de ansiedade, refletiu. Lenny, rapaz, você pensava que tinha ansiedade. Lenny e Benny; vocês dois deveriam se conhecer. Compositor, apresento-lhe o cadáver. Mamãe, quando eu crescer, quero ser um vampiro como papai. Ora, meu amor, Deus o abençoe, é claro que vai ser.
O uísque caiu dentro do copo gorgolejando. Ele fez uma leve careta ao sentir a dor na mão e passou a garrafa para a mão esquerda.
Sentou-se e tomou um gole. Que o fio dentado da sobriedade seja agora embotado, pensou. Que o equilíbrio precário da visão límpida seja destruído, mas depressa. Eu os odeio.
Gradualmente a sala rodou em seu centro giroscópico e começou a trançar e ondular em volta de sua cadeira. Uma névoa agradável, difusa nas extremidades, substituiu-lhe a visão. Ele olhou para o copo, para o toca-discos. Deixou a cabeça cair de um lado para o outro. Lá fora, eles rondavam e resmungavam e esperavam.
Pobres vampiros, pensou, pobrezinhos amaldiçoados, rodeando minha casa cm passos silenciosos, tão sedentosa, tão completamente perdidos.
Uma idéia. Ele levantou um dos indicadores que vacilou diante de seus olhos.
Amigo, aqui estou diante de vocês para falar sobre o vampiro; um elemento minoritário, se é que isso existe, e existia.
Mas sejamos concisos: vou esboçar as bases da minha tese, que é a seguinte: Vampiros são vítimas de preconceito.
O princípio central do preconceito contra minorias é o seguinte: eles são detestados porque são temidos. Assim ...
Serviu-se de um drinque. Um drinque longo.
Houve uma época, a Idade das Trevas e a Idade Média, para ser sucinto, em que o poder do vampiro era grande, o medo que inspirava, tremendo. Ele era um anátema e continua a ser um anátema. A sociedade tem por ele um ódio sem limites.

Mas suas necessidades são mais chocantes do que as necessidades de outros animais e homens? Suas ações são mais ultrajantes do que as ações do pai que tornou a vida do filho miserável? O vampiro pode suscitar batimentos cardíacos acelerados e pêlos arrepiados. Mas é pior do que o pai que deu à sociedade um filho neurótico que virou político? Pior do que o fabricante que construiu bases atrasadas com o dinheiro ganho entregando bombas e armas a nacionalistas suicidas? Pior do que o destilador que produziu sucos de cereais adulterado para bestificar ainda mais o cérebro daqueles que, sóbrios, eram incapazes de ter um pensamento progressista? (Não, peço desculpas por essa calúnia; tomo um gole da bebida que me alimenta.) Ele então é pior do que o editor que encheu estantes onipresentes de luxúria e desejos de morte? Francamente, vamos, vasculhe sua alma, meu amor - o vampiro é mesmo tão ruim assim?
Tudo o que ele faz é beber sangue.


To be continued ...


A Visitante - Parte 4

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Geferson partiu para cima de Sophia como se a culpasse por aquilo. Se não fosse contido por Donizete e outros que ali estavam, sabe-se lá o que ele teria feito.
- Sua maluca! O que foi que você fez com ela? - Berrava Geferson.

- Sophia, sai daqui. É melhor. - Disse Donizete.

Ela o encarou por alguns segundos, virou-se e saiu. Aquelas duas semanas estavam ficando mais estranhas do que deveriam. O que parecia apenas ser um caso de suicídio e morte por parada cardíaca, agora estava se transformando numa verdadeira história de terror. Denise agora chorava desesperada. Ela tentava falar, mas as palavras não saiam.
- Liga pra polícia. - Gritou Donizete apontando pra um dos garçons da lanchonete.

- Polícia? O que ela vai fazer aqui hein? Isso ta mais pros caça fantasmas. - Rebateu Geferson – Seja lá o que for, parece está se transformando em algo pessoal. Todo mundo que fala sobre o assunto,se ferra. - Continuou, tentando levantar Denise do chão.
- Então,é isso. Vamos esquecer. Enterrar essa história e esquecer de uma vez.
- Não podem. Era Sophia.
- Porque voltou pra cá,sua aberração? Sai daqui! - Geferson estava ficando fora de si.
- Ei. Calma ,cara. Veja o estado da Denise. Você não está ajudando em nada.
- Isso não vai parar, e por pura culpa de vocês. Daniel e Rafael tiveram sorte de saírem sem sequelas, mas o que aconteceu aqui com a Denise serviu de exemplo. Não podem ignorar, mas podem evitar que aconteça o mesmo ou coisa pior com vocês.
- Sua...
- Sophia. - Interrompeu Donizete - Tudo bem que você tenha suas opiniões. Eu respeito, mas agora quem tá ficando irritado com essa baboseira sou eu. É melhor ir embora. Além do mais, o que você acabou de dizer soou como uma ameaça.
- Não deveriam ter medo de mim. Estou tão assustada quanto vocês. Acha mesmo que estou fora disso? Amanhã pode ser eu, ou você. - Rebateu provocante.
- O que ta acontecendo aqui? - Interrompeu Seu Valcir, dono da lanchonete. Um silêncio foi acometido no lugar, até Seu Valcir voltar seu olhar para o espelho.- Santa Mãe de Deus. O que diabos é isso? Já vi pichações e vandalismos nesse banheiro, mas nada como isso. Disse.
- A única que poderia explicar é a Denise. Aparentemente, ela viu quando isso apareceu. Mas agora ela está nesse estado,como o sr. pode notar. - Explicou Geferson com ela acolhida em seus braços.
- Tragam ela para fora, vou levá-la para casa. Donizete, você fecha o lanche pra mim?
- Tudo bem,seu Valcir.

Assim, Seu Valcir cuidou de enxotar o restante para fora, e levou Denise para casa. Em frente a lanchonete ficaram Geferson, Donizete e Sophia que insistira em ficar com eles.
- Por que ainda está aqui? - Perguntou Geferson, ainda irritado.

- Como eu disse, estou tão assustada quanto vocês. Na verdade, eu não estava acreditando tanto até que...
- Até o que Sophia? Desembucha. - Interrompeu Donizete.
- Aconteceu comigo também.
- O quê? O quê aconteceu com você? - Continuou.
- Precisamos encontrar com a Sarah. Ela vem até a cidade amanhã.
- E o que ela tem a ver com tudo isso?
- Não tá na cara? - Disse Geferson. – Depois que os irmãos falaram sobre a morte de Dona Marta esses fenômenos começaram a acontecer. Tá na cara que isso é o fantasma de Dona Marta. Ou sabe-se lá o que. Mas, Sarah talvez tenha alguma resposta.
- Fiquei de encontrar com ela amanhã. Se quiserem podem vir comigo.

Donizete e Geferson se encaram por um tempo. Aquilo era demais para garotos da idade deles. Deviam estar se preocupando com o vestibular ou garotas, não com fantasmas.
- Eu vou pra casa. - Continuou – Amanhã vocês decidem se vêm comigo ou não.
Sophia virou-se e saiu andando pela rua. Geferson e Donizete nada responderam, só seguiram a mesma idéia de Sophia e foram para suas casas.


Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida

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Os Filhos do Éden é uma trilogia escrita pelo Eduardo Spohr, o seu primeiro livro é "Herdeiros do Apocalipse". Eduardo Spohr já escreveu outro livro que foi o A Batalha do Apocalipse, nesta historia deste novo livro ele se passa antes da batalha do apocalipse e é ate indicado ler primeiro esse livro, do que começar pela batalha do apocalipse.

Há uma guerra no céu. O confronto civil entre o arcanjo Miguel e as tropas revolucionárias de seu irmão, Gabriel, devasta as sete camadas do paraíso. Com as legiões divididas, as fortalezas sitiadas, os generais estabeleceram um armistício na terra, uma trégua frágil e delicada, que pode desmoronar a qualquer instante.



Enquanto os querubins se enfrentam num embate de sangue e espadas, dois anjos são enviados ao mundo físico com a tarefa de resgatar Kaira, uma capitã dos exércitos rebeldes, desaparecida enquanto investigava uma suposta violação do tratado. A missão revelará as tramas de uma conspiração milenar, um plano que, se concluído, reverterá o equilíbrio de forças no céu e ameaçará toda vida humana na terra. Ao lado de Denyel, um ex-espião em busca de anistia, os celestiais partirão em uma jornada através de cidades, selvas e mares, enfrentarão demônios e deuses, numa trilha que os levará às ruínas da maior nação terrena anterior ao dilúvio – o reino perdido de Atlântida.

Para quem vai começar a leitura deste livro pode ficar voando no inicio pela explicação de como a guerra se originou. Porem tudo é esclarecido ao longo da historia. Gosto muito de historia de fantasia e ficção cientifica, gosto de seres mitológicos e criaturas sobrenaturais.

Comparado a outros livros de aventura esse foi o que teve o maior nível de maturidade, a leitura tem um clima um pouco sombrio em vários momentos e os detalhes das lutas e da violência escrita, não é recomendado para menores de 14 anos. Fico admirado em ver uma literatura brasileira que tenha me agradado tanto como esse livro que mantem um clima cinematográfico da historia.

Vale lembrar que os anjos e demônios inseridos nesta historia não são tirados das religiões e sim da própria mitologia dos seres celestes, onde o desenrolar dos combates não tem uma facção que seja do bem ou do mal. Os anjos nesta historia estão em guerra. De um lado o Miguel que é o príncipe dos anjos e nutre sentimentos de inveja dos seres humanos e decide extermina-los. Do outro lado temos Gabriel que mudou de ideia em relação aos humanos e agora quer defende-los de Miguel. Ou seja nesta historia o céu esta em guerra entre os próprios anjos. E no caso de Lucifer ele tentou ser o maior arcanjo de todos e ser acima do seu irmão Miguel e de seu criador Yahweh(Deus). Depois da derrota ele foi mandado para o abismo(inferno) e la comanda sua legião de demônios.

Para quem gosta de livros que tem um clima de guerra, fantasia e um bom nível de maturidade eu recomendo esse livro que no momento eu achei melhor que o ultimo livro que comentei aqui neste blog o Percy Jackson. Bem boa leitura irei agora ler "A Batalha do Apocalipse" o escritor Eduardo Spohr me convenceu que literatura brasileira pode se manter num bom nível assim como na literatura americana.






---------Off-Topic---------



JonhMaster

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Blogueiro a dois anos do Visual Novel Brasil, colaborador do blog Emy House onde irei escrever textos variados. Gosto bastante de informatica, tecnologia, games e quadrinhos ou seja um nerd completo.


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Olá,pessoas! Primeiro,obrigada por acompanharem o blog (de verdade). ^^ Sei que esses 168 followers não correspondem ao número real de leitores. Mas, obrigada aos que adicionaram esse humilde blog à sua lista de feeds. Ou que seguiram com o FriendConnect/Essa box de seguidores.
Tenho agumas nóticias para dar. Algumas não são boas. Estamos com um hiato no blog. "Ah,não,agora que estava gostando!"Eu adorei a ideia de convidar amigos para blogarem comigo.Mas,alguns tem estado muito ocupados. Inclusive,eu. 
Já que a ocasião pede: estarei ausente do blog por dois meses mais ou menos (ficarão sem os textos das sexta-feiras). Outra: assim que essa fase de "coisas para resolver" passar (eu ESPERO),estaremos de volta com toda a energia.  
Mesmo sabendo que podemos faltar com os textos semanais: não nos abandonem!! 


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Eu sou a Lenda, part IV

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Por que então esse preconceito cruel, essa parcialidade irrefletida? Por que o vampiro não pode viver onde quiser? Por que precisa procurar esconderijos onde ninguém pode encontrá-lo? Por que você quer vê-lo destruído? Ah, veja, você transformou o pobre inocente sem malícia em um animal perseguido. Ele não tem condições de sustento, não tem a possibilidade de se educar corretamente, não tem direito de voto. Não é de suspreender que seja obrigado a buscar uma existência noturna predatória.
Robert Neville grunhiu um grunhido mal-humorado. Claro, claro, pensou, mas você deixaria sua irmã se casar com um deles?
Ele deu de ombros. Nessa você me pegou, amigo, nessa você me pegou.
A música terminou. A agulha arranhava para lá e para cá os sulcos negros. Ele ficou ali sentado, sentindo um frio subir-lhe pelas pernas. Era isso que havia de errado em beber demais. Você se tornava imune a deleites embriagados. Não havia descanso na bebida. Antes de você ficar feliz, você desabava. O quarto já estava se endireitando, os sons lá fora começavam a mordiscar seus tímpanos.
- Saía, Neville!
Sua garganta se moveu e uma expiração trêmula escapou de seus lábios. Saia. As mulheres estavam lá fora, com os vestidos abertos ou sem vestido, sua carne à espera do toque dele, seus lábios à espera de ...
Meu sangue, meu sangue!


To be continued ...


Eu sou a Lenda, part IV

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Por que então esse preconceito cruel, essa parcialidade irrefletida? Por que o vampiro não pode viver onde quiser? Por que precisa procurar esconderijos onde ninguém pode encontrá-lo? Por que você quer vê-lo destruído? Ah, veja, você transformou o pobre inocente sem malícia em um animal perseguido. Ele não tem condições de sustento, não tem a [...]

Redes sociais ou Lixo social.

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Bem,começando a escrever uma nova postagem na véspera de natal, decidi dar meu ponto de vista sobre o que chamam de rede social. Pois bem, rede social, para quem não sabe, são aqueles sites com o intuito de socializar ou espalhar conteúdo com outras pessoas.

Os sites são bem variados e tem diversos estilos e gêneros. Sites como Orkut, Facebook, Twitter, Google+, MySpace, Formspring dentre outros são considerados redes sociais.

O twitter é tida como uma rede social, porem eu o considero um mini-blog,como é no caso do tumblr (porém,este último se foca mais no designer com fotos e vídeos). Mas, o que todas elas tem em comum? Elas nos permitem escrever o que queremos,pode ser um texto, um vídeo, ou uma foto de sua preferencia. Cada vez mais as redes sociais estão se tornando populares. E mesmo aqueles que não sentiam interesse no inicio, hoje, estão aos poucos entrando nesse mundo.

Qual o ponto que eu quero chegar? Simples. Vale a pena usar redes sociais? Temos um sistema poderoso em nossas mãos, como o Twitter e Facebook. Contudo, em minha opinião, a maneira como vejo as redes sociais, e o que são divulgadas nelas, é de um péssimo nível de qualidade, o qual não me desperta nenhum interesse. A rede social é uma forma de socializar que pode ser usada para espalhar conteúdo de qualidade.Mas,quando a simples socialização vira algo compulsivo e sem controle, pode deixar a navegação insuportável.

Não que todos são obrigados a só espalhar conteúdo na internet (esse foi um caminho que escolhi para as redes sociais,  as utilizo para usufruir e compartilhar conteúdo). Entretanto,uma socialização sadia seria de bom agrado para todos. Vamos começar falando do Facebook
Facebook é uma rede social na qual você pode compartilhar textos, links, videos e fotos.



Eu uso o facebook por causa das fanpages (desde que se marque a opção "curtir", pode-se ver o que tais pages postam). Ou seja, eu tenho marcado sites como O Globo, Exame, Olhar Digital, TechTudo entre outros. Então, todas as noticias que eles passarem vai aparecerá na minha "home" da rede social, fazendo assim um sistema útil e bem atualizado.

O grande problema do Facebook em si são as pessoas. A grande diferença entre socializar algoé você usar isso como desculpa para achar que as pessoas tem de aturar seus problemas. Pare para pensar um pouco, você gostaria de ver todo santo dia uma pessoa reclamando da vida, ou postando ofensas e preconceitos na rede social, e se conformar com o fato desse alguém estar livre de contestação? O pior comportamento no Facebook é o usuário achar que sé pelo fato de determinada pessoa ser "amiga", ela é obrigada a aturá-la.

Conheço pessoas no facebook que são até interessantes por postarem coisas variadas e instigantes, sem agir de maneira irritante na rede social. Mas, infelizmente o facebook parece um e-mail sem protetor de spam, onde você tem que aturar um mar de fotos que não te preenche em nada, e um monte de pedido de amizade e pedidos para jogos com pessoas que não conhece.

Sobre o Twitter, uma das coisas que mais gostei nele é que não preciso acompanhar tal pessoa para a mesma ler o meu conteúdo. O mini-blog é uma ideia boa, e facilita muito na divulgação de conteúdo e ajuda muito blogueiros que querem aumentar o numero de visitas do seu site.
Porem, o twitter se resumiu a uma coisa: "diário virtual". Daí as pessoas usam isso para falar dos seus traumas, suas tristezas e vida pessoal.


O twitter se resumi a uma rede social onde ninguém acompanha ninguém. Algumas pessoas dizem que te acompanham com a desculpa de que "está te seguindo" (na maioria das vezes, é mentira). Acho o seguinte: se você segue 500, 700, 1000 pessoas, você não esta acompanhando 1000 pessoas, está enganando 1000 pessoas. Você não vai conseguir acompanhar a todos. Um estudo comprova que o cérebro humano consegue armazenar na sua memoria no máximo 150 pessoas nas redes sociais, acima disso a grande parte vai ser vista como um borrão na mente, e na maioria dos casos você ira ignorar tal pessoa.

Seguir 1000 pessoas é algo errado? Não. O twitter é seu, você faz o que bem entender com ele. Porém, acompanhar,de fato, você não está.

Posso estar tendo uma visão um pouco agressiva sobre redes sociais. Mas, posso garantir que a grande maioria que esta lendo essa postagem passou por problemas similares aqui citados. A minha forma de usar internet é essa, quero adquirir informação e conteúdo. Não sou contra a socialização, desde que ela seja saudável, porque se as redes sociais fossem algo tão interessante não teriamos pessoas reclamando que no Orkut rola a imundice.Por que a imundice? A resposta é simples: é pelo que as pessoas postam, se o que fosse postado na rede social tivesse qualidade, ninguém reclamaria.

O que gosto do twitter é que eu decido quem vou acompanhar, e posso divulgar o que quero, se a pessoa não gosta é so dar "unfollow". Afinal, ninguém é obrigado a me seguir se não gosta do meu conteúdo.

E para finalizar, a culpa não é do sistema nem do orkut. O que faz a rede social útil ou não é o usuário, você tem o equipamento. Agora é com você, se vai tornará o seu teclado uma ferramenta eficiente ou não.


---------Autor---------
JonhMaster  Blog | Twitter | Google+ 
Blogueiro a dois anos do Visual Novel Brasil, colaborador do blog Emy House onde irei escrever textos variados. Gosto bastante de informática, tecnologia, games e quadrinhos ou seja um nerd completo.


Redes sociais ou Lixo social.

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Bem,começando a escrever uma nova postagem na véspera de natal, decidi dar meu ponto de vista sobre o que chamam de rede social. Pois bem, rede social, para quem não sabe, são aqueles sites com o intuito de socializar ou espalhar conteúdo com outras pessoas. Os sites são bem variados e tem diversos estilos e [...]

Purgatório - parte 5

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Hey Guys \o Tudo bem galera? Bom, desculpem o meu sumiço. Andei ocupado indo em alguns eventos e editando fotos. Sem falar na minha maravilhosa má vontade de sempre. Porém, aqui estou eu, trazendo a vocês mais uma parte de Purgatório. Espero que gostem e não se preocupem pois estarei bem livre de agora em diante (Isso é pra você Suzi). Quem sabe algum dia eu obedeça a minha sensei e poste umas fotos minhas aqui. Mas, isso fica para depois. Vamos logo a essa postagem \o/


Um anjo aparece, e com o aparelho entregue a ela por Erik ao salvá-lo, consegue derrotar seu oponente. Porém, misteriosamente seu inimigo morre e é deixado em chamas no depósito de lixo. Como Zero foi capaz de matar um anjo? O que realmente existe por trás dessas armaduras? Quem teria eliminado Ezequiel?


– Me dá a metralhadora. - fala Zero

– Por quê? - pergunta o engenheiro.

– Ora, depois do escândalo que você fez, acho melhor ficar com a arma.

– Eu não sou escandaloso...

– Tá, tanto faz! Me entrega a arma de uma vez.

– Ai, pega logo então...

Seguem pelas bordas da base, procurando uma entrada. Agora todos deviam estar cientes de sua presença na base. Já não valia a pena se esconder tanto. A prioridade era parar o canhão a qualquer custo e escapar com vida. Encontram uma porta. Leva direto para a área da grande arma. Alguns guardas no caminho. Fuzilados. A mulher grita para Erik e ele corre na direção de um computador. Insere um disco e passa a teclar. Mais seguranças surgem, liquidados pela soldada. A munição acaba e pega a 9mm. Não acha que vai durar muito. Boa parte da munição gastou enfrentando Ezequiel. Também acaba. Zero tenta atacar os guardas com chutes, mas logo é rendida junto com o engenheiro.
São levados de volta a cela.

– Bom... Pelo menos não estou mais sozinho.

– Cala a boca! - encosta na parede e pega um maço de cigarros e isqueiro.

– Aaah... Não aqui.

– Me deixa em paz... - pega um cigarro e acende.

– Eu já te disse que isso faz mal.

– E eu que estou morta de qualquer forma, então tanto faz... - a moça da uma baforada na cara do homem. Ele tosse e vai para o outro lado da cela.

– Odeio quando faz isso!

– Haha! E eu esperando que nos matassem lá mesmo...


Pausaram por um momento.

– Lembra quando nos conhecemos? Estávamos numa cela como essa. Pegaram você no meio do deserto brincando com um robô. Eu me infiltrei e me capturaram. Mas tudo fazia parte do plano. Eu acendi um cigarro e você reclamou na mesma hora.

– Sim. E eu não estava brincando. Era um teste totalmente científico.

– Você estava usando orelhas de coelho e rindo enquanto manuseava o controle remoto, pilotando o robô, vestido de gato.

– Tá.... Talvez não fosse um experimento tão sério...

– Sei... Bom, precisamos agora arrumar um jeito de escapar. Você conseguiu desativá-lo?

– Sim. Usei uma cópia que fiz do disco deles. Depois foi só mudar o código. Agora nem eles podem reativá-la.

– Bom.

Um guarda se aproxima.

– Senhorita Zero?

– Eu mesma. Quer o quê?

– O nosso líder quer falar com você. É sobre os Anjos que matou.

– Anjos?

– Sim. Você matou três deles.

– Três? Mas eu juro que...

– Calada! Venha de uma vez.

Apontando a arma para a mulher, o guarda a obriga a acompanhá-lo. Quem matou os outros dois anjos? Lúcifer?


Purgatório – parte 5

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Hey Guys \o Tudo bem galera? Bom, desculpem o meu sumiço. Andei ocupado indo em alguns eventos e editando fotos. Sem falar na minha maravilhosa má vontade de sempre. Porém, aqui estou eu, trazendo a vocês mais uma parte de Purgatório. Espero que gostem e não se preocupem pois estarei bem livre de agora em [...]

Bobagem? Não, isso acontece

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Outro dia, conversando com um amigo sobre concursos entre outras coisas, acabamos chegando num ocorrido com um conhecido nosso, e lembramos que enquanto estudávamos feito loucos, esse nosso amigo estava nos barzinhos da vida.Sendo que o intrigante foi saber que eu não consegui passar no vestibular para o qual nós estudávamos na época, e a figura conseguiu a façanha. Agora me pergunto como ele conseguiu? Contudo, recentemente fiz uma tirinha que pode ilustrar algo parecido do que foi o vestibular pra criatura em questão:



Bobagem? Não, isso acontece

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Outro dia, conversando com um amigo sobre concursos entre outras coisas, acabamos chegando num ocorrido com um conhecido nosso, e lembramos que enquanto estudávamos feito loucos, esse nosso amigo estava nos barzinhos da vida.Sendo que o intrigante foi saber que eu não consegui passar no vestibular para o qual nós estudávamos na época, e a [...]

A seção de sexta-feira mudará...

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Bom,será a primeira vez que estarei fazendo algo do tipo no blog. Mas, para evitar que os meus post's sumam ,armei um plano...Comentarei os episódios da quarta temporada de Natsume Yuujinchou.  Só assim  poderei manter alguma constância por aqui... O que não garante que os post's atrasem por motivos diversos , tais como: o fansub demorar para traduzir, não ter internet para fazer o download (pode acontecer,nem tudo está garantido), ou me enrascar nos estudos. Contudo, mesmo que as minhas "impressões" demorem, elas aparecerão (estejam de sobreaviso). 
Estive envolvida no projeto de tradução das scans , quando fiz parte da equipe do Pururin Fans Scanlator. Por que eu escolhi essa série? Eu amo Natsume Yuujinchou -  me emociono todas as vezes que leio o mangá - e a narrativa ressoa em mim. 


Não pretendo me alongar nessa pequena notícia. E, a título de conhecimento, saibam que a Natsuriko, do blog Monogatari, resenhou a segunda e a terceira temporada da série. São dela as palavras do enredo básico (eu não teria feito melhor): 

A história é algo simples: Natsume é um rapaz aparentemente normal, mas que, devido à sua capacidade de ver espíritos, é uma pessoa muito solitária. Tendo os seus pais morrido quando ainda era criança, Natsume passou a sua infância e adolescência a viver em várias casas de parentes seus, que acabavam por o rejeitar devido ao seu comportamento bizarro, uma vez que Natsume é o único que consegue ver as criaturas que são invisíveis aos olhos dos restantes adultos. Por isto, Natsume nunca conseguiu estabelecer uma amizade sólida ou permanente. No entanto, a sua vida acaba por mudar quando começa a viver no lar de um simpático casal, os Fujiwara. Natsume, que até então nunca tinha sido muito incomodado pelos espíritos que vê, começa a ser perseguido por várias criaturas que lhe exigem o chamado “Livro de Amigos”, confundindo-o com a falecida avó, Natsume Reiko. Este livro não é nada mais do que uma colecção de nomes de todos os demónios que a avó de Natsume derrotou enquanto adolescente, e quem detiver o nome de um demónio consegue exercer controlo absoluto sobre ele. É assim que Natsume acaba acidentalmente por libertar um demónio poderoso, Madara, que também deseja o livro, mas que acaba por se tornar no guarda-costas de Natsume. Em troca, Madara ficará com o Livro de Amigos quando Natsume morrer. Adoptando a forma de um gato gordo, Madara (ou Nyanko-sensei, como Natsume lhe costuma chamar) junta-se a Natsume na sua aventura de este querer devolver aos demónios do livro todos os seus nomes.


A seção de sexta-feira mudará…

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Bom,será a primeira vez que estarei fazendo algo do tipo no blog. Mas, para evitar que os meus post’s sumam ,armei um plano…Comentarei os episódios da quarta temporada de Natsume Yuujinchou.  Só assim  poderei manter alguma constância por aqui… O que não garante que os post’s atrasem por motivos diversos , tais como: o fansub [...]

Eu Sou a Lenda, Part V

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Como se fosse a mão de alguma outra pessoa, ele viu seu punho esbranquiçado se levantar devagar, vacilante, para socar sua perna. A dor o fez aspirar uma lufada do ar rançoso da casa. Alho. Por toda parte havia o cheiro de alho. Em suas roupas e nos móveis e em sua comida e até mesmo em sua bebida. Beba um drinque de alho com soda; sua mente recitou rapidamente a tentativa de piada.
Ele se levantou num pulo e começou a andar de um lado para o outro. O que vou fazer agora? Cumprir novamente a rotina? Vou lhes poupar desse trabalho. Ler-beber-isolar acusticamente a casa - as mulheres. As mulheres, mulheres lascivas, sedentas de sangue, nuas, exibindo para ele seus corpos quentes. Não, quentes não.
Um gemido horripilante subiu-lhe pelo peito e pela garganta. Malditas sejam elas, o que estavam esperando? Pensavam que ele iria sair e se entregar?
Talvez eu me entregue, talvez eu me entregue. De fato, viu-se arrancando a barra horizontal da porta. Estou indo, garotas, estou indo. Podem molhar os lábios.
Lá fora, elas ouviram a barra sendo levantada, e um uivo de expectativa ecoou na noite.
Virando as costas, ele esmurrou a parede com um punho, depois com o outro, até arrebentar o gesso e rasgar a pele. Depois ficou ali em pé, tremendo, sem ação, batendo os dentes.
Depois de algum tempo, passou. Ele tornou a pôr a barra atravessada na porta e foi para o quarto. Desabou na cama e deitou a cabeça no travesseiro com um gemido. Sua mão esquerda pulsou uma vez, débil, sobre a colcha.
Ah, Deus, pensou, quanto tempo, quanto tempo?
O alarme nunca tocou porque ele havia se esquecido de acertá-lo. Dormiu profundamente e sem se mover, como se seu corpo fosse forjado em ferro. Quando finalmente abriu os olhos, eram dez da manhã.
Com murmúrios repugnados, forçou-se a levantar e passou as pernas pela lateral da cama. Imediatamente sua cabeça começou a latejar como se o cérebro estivesse tentando sair através do crânio. Que bom, pensou, ressaca. Só faltava essa.
Levantou-se penosamente com um gemido e cambaleou até o banheiro, jogou água no rosto e molhou um pouco a cabeça. No espelho seu rosto estava emaciado, barbado e muito parecido com o de um homem na faixa dos 40 anos. Amor, seu feitiço mágico está por toda parte; vazia, as palavras se agitavam sem seu cérebro como lençóis ao vento.
Andou devagar até a sala de estar e abriu a porta da frente. Uma praga escapou arrastada de seus lábios ao ver a mulher caída na calçada. Ele começou a se retesar com raiva, mas aquilo fez sua cabeça latejar demais e ele teve que desistir. Estou doente, pensou.


To be continued ...


Capítulos Anteriores:
Eu sou a lenda, Part. I.
Eu sou a lenda, Part. II.
Eu sou a lenda, Part. III.
Eu sou a lenda, Part. IV.

Eu Sou a Lenda, Part V

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Como se fosse a mão de alguma outra pessoa, ele viu seu punho esbranquiçado se levantar devagar, vacilante, para socar sua perna. A dor o fez aspirar uma lufada do ar rançoso da casa. Alho. Por toda parte havia o cheiro de alho. Em suas roupas e nos móveis e em sua comida e até [...]
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